Na passada segunda-feira, 26 de Maio, o Rugby Clube de Santarém foi homenageado pela autarquia após conquistar o título de Campeão Nacional da 1.ª Divisão. A cerimónia decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, onde o presidente do clube, Nuno Serra, agradeceu o apoio e enalteceu o esforço da equipa, que garantiu a subida à Divisão de Honra, o escalão máximo do rugby em Portugal. Minutos depois, num momento carregado de simbolismo, foi lançada a primeira pedra da futura casa do clube: o Campo de Rugby das instalações da antiga Escola Prática de Cavalaria será requalificado, numa intervenção avaliada em mais de 2,2 milhões de euros, e que deverá estar concluída até Maio de 2026.
João Leite, presidente da Câmara Municipal, sublinhou o valor estratégico do investimento, destacando o impacto positivo que o clube tem tido na promoção da cidade e no dinamismo do território. “Estes rapazes fizeram o que nunca tinha sido feito em 30 anos de história: chegaram a campeões nacionais.” As palavras de Nuno Serra, presidente da direcção do Rugby Clube de Santarém (RCS), marcaram o tom da cerimónia de recepção promovida pela Câmara Municipal no Salão Nobre, onde a equipa foi homenageada após garantir a subida ao escalão máximo do rugby nacional.
Com uma sala repleta de jogadores, dirigentes, familiares e representantes institucionais, o dirigente destacou o percurso “extraordinário” da equipa scalabitana, sublinhando o mérito desportivo, o sacrifício e o compromisso de um grupo “inteiramente amador”, onde muitos atletas conciliam os treinos com as exigências profissionais e académicas. “Grande parte da equipa desloca-se de Lisboa a Santarém para treinar, nos seus próprios carros. Para nós, não é extraordinário — é isto que somos”, afirmou.
Nuno Serra apelou ainda a um acompanhamento mais próximo por parte da autarquia, sublinhando que o nível competitivo agora alcançado impõe “outras exigências”. Referiu a insuficiência dos apoios atribuídos a clubes que disputam provas nacionais, nomeadamente no que respeita aos custos logísticos. “Gastamos 14 mil euros só em transportes e o reforço de mil euros que nos foi atribuído é claramente insuficiente”, lamentou, defendendo uma revisão do modelo de apoio ao desporto federado no concelho.
Por seu lado, João Leite enalteceu o “esforço colectivo” da equipa e o impacto do feito no posicionamento da cidade. “O Rugby Clube de Santarém torna-se agora embaixador do desporto a nível nacional, levando o nome da nossa cidade por todo o país”, afirmou o presidente da Câmara, que sublinhou também a coincidência simbólica da vitória com o arranque da obra de requalificação do campo da modalidade.
“Estamos a viver um momento histórico, não só com esta conquista desportiva, mas também com o maior investimento de sempre em infra-estruturas desportivas no concelho”, afirmou João Leite, apontando os 2,2 milhões de euros destinados à requalificação do campo de rugby como parte de um plano global superior a 15 milhões.
A cerimónia terminou com a entrega simbólica de medalhas aos jogadores e com a promessa, por parte do município, de continuar ao lado do clube nesta nova etapa. “As vossas vitórias são as vitórias de Santarém”, concluiu o autarca.
Investimento de 2,2 ME em novo Campo de Rugby
A cerimónia de lançamento da primeira pedra da requalificação do Campo de Rugby de Santarém decorreu poucos minutos após a recepção oficial aos campeões da 1.ª Divisão, numa sucessão de momentos que assinalaram, com emoção, o fim de um ciclo e o início de uma nova era para o Rugby Clube de Santarém (RCS).
Para Nuno Serra, presidente da direcção do clube, tratou-se de um momento “muito especial”, embora vivido com sentimentos mistos. “Vamos deixar o palco dos nossos sonhos, o campo onde nos fizemos campeões e onde, durante anos, não tínhamos sequer balneários. Mas foi ali que nos formámos como clube, como equipa e como família”, afirmou, perante dezenas de atletas, dirigentes, técnicos e apoiantes.
A requalificação permitirá que o RCS, agora promovido à Divisão de Honra, possa acolher clubes de todo o país com melhores condições, reforçando também a aposta na formação e na valorização do território. “Não se trata apenas de dignidade para o rugby — é uma questão de dignidade para Santarém”, sublinhou Nuno Serra, que agradeceu o trabalho das direcções anteriores e o legado deixado. “Este novo campo será uma homenagem a quem construiu o actual e um ponto de partida para os que virão.”
A leitura formal do acto do protocolo assinalou o início oficial da empreitada, numa intervenção classificada por João Leite, presidente da Câmara Municipal, como “justa e merecida”. Recordando que, em 2012, ainda como vereador do desporto, assistiu à chegada das primeiras máquinas ao campo, o autarca expressou satisfação por ver finalmente concretizada esta aspiração antiga da comunidade desportiva scalabitana.
João Leite sublinhou que se trata de um investimento público estratégico, com retorno social e económico. “A capacidade que o RCS tem de atrair milhares de pessoas por ano deve merecer a nossa atenção. Queremos que essas pessoas regressem, que visitem o centro histórico, os restaurantes e a hotelaria local”, afirmou, assumindo a importância do clube como “embaixador” de Santarém no panorama desportivo nacional.
“Em Maio de 2026 queremos iniciar aqui uma nova caminhada”, disse João Leite. A intervenção, orçada em mais de 2,2 milhões de euros, integra-se num pacote mais amplo de investimento em infra-estruturas desportivas no concelho, que ultrapassa os 15 milhões.
Segundo o autarca, o processo da construção do campo de rugby sofreu atrasos devido a obstáculos técnicos, como a necessidade de estacaria, que aumentou os custos, e à revisão legal do projeto, o que implicou aguardar visto do Tribunal de Contas.
O projeto inclui a construção de balneários, bancadas, ginásio, salas de treino, um campo de treino adjacente e uma sala de reunião, equipamentos situados na ex-escola prática de Cavalaria e que serão utilizados pelo Rugby Clube de Santarém, recentemente promovido à primeira divisão de honra
Segundo o autarca, este projecto foi financiado através de empréstimo bancário, e onde está previsto a criação “de uma área de lazer e desporto” com circuitos de manutenção e um novo pavilhão desportivo, cujo projeto de execução está em fase final.
“Queremos requalificar esta zona tornar esta área numa zona de lazer e de desporto para promover a prática desportiva formal e informal”, afirmou
O objetivo, acrescentou, é construir naquela zona da escola prática de Cavalaria diversos equipamentos “para dar resposta não só ao rugby”, mas também a outras modalidades como o futebol.
“Queremos um novo pavilhão de desportivo e outros equipamentos para promover também as outras modalidades que existem no nosso concelho. Estamos a estudar a elaboração de um estudo prévio para criar uma zona de lazer de desporto informal com circuitos de manutenção”, afirmou.
A obra no campo de rugby arranca, assim, num momento simbólico para o clube e para a cidade. “O rugby é uma escola de vida. Esta nova casa tem de continuar a transmitir os nossos valores às próximas gerações”, concluiu Nuno Serra.