A Falcoaria Real de Salvaterra de Magos assinalou, no dia 1 de Dezembro, o 6º aniversário do Reconhecimento pela UNESCO da prática da Falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade com a inauguração das exposições “Falcoaria no Mundo” e “A Falcoaria, a minha Arte e a minha Terra” e uma homenagem ao Professor Filipe Themudo Barata.

Na iniciativa, promovida pela Câmara Municipal, o Presidente da autarquia Hélder Manuel Esménio frisou: “Recebemos visitantes de todo o país e para podermos apresentar um produto diferenciador mantemos um trabalho contínuo de investigação e estudo desta prática, não só enquanto prática do passado, mas também proporcionando e desenvolvendo actividades que promovem e permitem que se mantenha uma prática ativa no nosso país durante muitos e muitos anos, para o qual tem sido fundamental a ajuda dos falcoeiros e da Associação Portuguesa de Falcoaria”.

A Falcoaria Real, que nos últimos anos quintuplicou o número de visitantes, tem apresentado regularmente exposições temporárias de diversos temas e dinamizado múltiplas iniciativas e actividades, a que acresce um espaço dedicado à história da Falcoaria e à interpretação de aves, cujos conteúdos estão em constante actualização, o Centro de Documentação Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes e uma Loja (numa parceria com a Universidade de Évora), onde estão artesanato e produtos locais do concelho.

Para assinalar este 6º aniversário, a Câmara Municipal inaugurou a exposição “Falcoaria no Mundo”, a qual permite conhecer um pouco mais sobre a prática da Falcoaria em 11 países dos 24 que integram o grupo da UNESCO. “Com esta exposição pretendemos continuar a estabelecer contactos e parcerias para que a prática da Falcoaria se mantenha activa e que Salvaterra de Magos e a Falcoaria Real continuem a ser uma referência e um exemplo, um local que preserva e transmite este saber ancestral, onde os falcoeiros do nosso país e do mundo se sintam em casa”, sublinhou Hélder Manuel Esménio.

A Subdiretora-Geral do Património Cultural para a área dos Museus, Monumentos e Palácios, em representação do Ministério da Cultura, Rita Jerónimo referiu este dia como “uma oportunidade para celebrarmos a longa história e tradição da falcoaria em Portugal e em particular em Salvaterra de Magos. A Direcção Geral do Património Cultural (DGPC) tem acompanhado com muito interesse o trabalho que tem sido realizado em Salvaterra de Magos e no país em prol da divulgação, dinamização e renovação da falcoaria”.

António Carapuço, presidente da Associação Portuguesa de Falcoaria (APF), salientou a importância desta tradição em Portugal e o reconhecimento pela UNESCO.

Natália Correia Guedes, co-fundadora da APF, recordou a história da falcoaria no País e agradeceu à Câmara Municipal o apoio e o entusiasmo que tem dado a esta prática.

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos aproveitou este momento para homenagear Filipe Themudo Barata, Professor Catedrático da Universidade de Évora, jubilado em 2020, onde leccionou História, Museologia e Património, responsável pela Cátedra UNESCO, agora responsável emérito, foi membro do grupo de trabalho para o Património Cultural e Imaterial que apoia a Comissão Nacional da UNESCO, emitindo pareceres sobre as candidaturas.

O Presidente Hélder Manuel Esménio sublinhou o importante trabalho desenvolvido pelo Professor Filipe Themudo Barata, juntamente com a Câmara Municipal e com a ajuda da Associação Portuguesa de Falcoaria e da Universidade de Évora, para a classificação da Falcoaria em Portugal como Património da Humanidade e, mais recentemente, os novos projectos e desafios que surgiram com a classificação dos Bordados da Glória do Ribatejo como Património Cultural Imaterial Nacional.

Filipe Themudo Barata deixou o agradecimento à Câmara Municipal e aproveitou para fazer um breve historial sobre a candidatura aprovada há SEIS anos, concluindo: “Hoje somos 24 países e somos de longe o maior grupo colectivo, sobre a mesma prática, da Unesco, o que mostra que a falcoaria é uma prática global”.

Na Galeria de Exposições foi inaugurada a exposição “A Falcoaria, a minha Arte e a minha Terra”, de Ana Teresa Pontífice. Natural de Salvaterra de Magos, engenheira de profissão, Ana Teresa Pontífice dedica muito do seu tempo à pintura e ilustração e foi ilustradora do mais recente livro infantojuvenil editado pela Câmara Municipal, “O Principezinho em Salvaterra”, da autoria de Helena Sacadura Cabral. Nesta exposição é possível ver algumas das ilustrações do livro e conhecer outros trabalhos realizados pela ilustradora.

Leia também...

Músico dos Santos & Pecadores morre vítima de acidente de trabalho em Tremez

Rui Martins, um dos músicos da banda Santos & Pecadores, morreu na…

Médico detido por abuso sexual de menores

Um homem de 27 anos foi detido esta manhã no Bairro de…

Alterações ao Código da Estrada entram em vigor amanhã com multas agravadas

As alterações ao Código da Estrada aprovadas em Novembro entram na sexta-feira,…

O amargo Verão dos nossos amigos de quatro patas

Com a chegada do Verão, os corações humanos aquecem com a promessa…