A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal – AJDP assinalou a 9 de Novembro, a 4ª edição do Dia da Diabetes, na Casa do Campino, em Santarém. Cristina Casanova, vereadora com o Pelouro da Saúde da Câmara de Santarém, e Paula Klose, presidente da AJDP, participaram na Sessão de Abertura deste Encontro que este ano foi dedicado à “Família – a mais docinha que há”.

Esta iniciativa realiza-se no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Diabetes, assinalado ontem, dia 14, com palestras alusivas ao tema, bancas, insufláveis, pinturas faciais e jogos.

Este Encontro que também comemora o 21.º aniversário da AJDP, teve como objectivo desmistificar a diabetes e promover a partilha e a promoção de uma vida saudável, junta pais, crianças e jovens que lidam com esta patologia, que vieram de Braga, Porto, Coimbra, Lisboa, Portimão e Grândola para participar nesta iniciativa. E pretende ainda demonstrar que a Família é um pilar essencial para as crianças e jovens quando descobrem que vivem com diabetes.

No passado sábado, a manhã foi dedicada à apresentação do novo manual da Direcção Geral de Saúde – DGS, apresentado por Ana Filipa Martins do Programa Nacional da Diabetes. Este manual reúne respostas fundamentais às dúvidas da comunidade escolar e tem como finalidade a criação de um ambiente mais saudável para crianças, famílias e jovens. O tema da inovação na diabetes também esteve em destaque, em especial nas bombas de insulina. O Encontro contou com um testemunho na primeira pessoa de alguém que se encontra a testar uma bomba inovadora que permite um controlo quase autónomo da quantidade de insulina a administrar.

Da parte da tarde, realizaram-se sessões dedicadas à “Inovação na diabetes – Bombas que pensam por elas próprias”, “Como encarar um episódio de Bullying”, “Colónia de Férias – A minha primeira vez”, Momento surpresa “Ahahahhaa querem saber, querem? Inscrevam-se e estejam lá!”.

Paula Klose explica que esta iniciativa tem como foco a diabetes tipo 1, a que tem merecido menos atenção pública, sublinhando as diferenças em relação à diabetes tipo 2, sobretudo porque não resulta de comportamentos voluntários, como sedentarismo ou hábitos alimentares, nem de fatores genéticos.

“Aqui não existe ‘culpa’. A doença surge, sem que se saiba ainda porquê, apesar dos muitos estudos científicos, afectando pessoas de todas as idades”, disse, salientando que, “com uma série de cuidados”, o dia-a-dia dos portadores desta doença é perfeitamente normal.

A diabetes tipo 1 afecta milhares de jovens em Portugal, daí a importância de dar a conhecer a estes jovens que “podem ter uma vida plena, saudável e sem limitações, desde que façam o tratamento adequado, que passa pelo controlo diário dos níveis de glicemia no sangue, uma alimentação saudável e a prática regular de exercício físico”, explica Paula Klose.

A diabetes tipo 1 é uma doença crónica, que se desenvolve quando o pâncreas deixa de produzir a insulina de que o corpo necessita e, consequentemente, os níveis de açúcar no sangue sobem.

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