eriências e de conhecimentos para o combate à violência doméstica. Foi este o resultado do dia 15 de Outubro, no Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação.

Chamou-se “Reflexões sobre o fenómeno da violência doméstica” e tratou-se de um seminário levado a cabo pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e pelos seus municípios.

Com um programa rico em comunicações e em momentos, o destaque foi para o primeiro momento, que não deixou ninguém indiferente.
As técnicas do município de Mação num momento teatralizado retrataram o que é o dia a dia de muitas mulheres, que sofrem de violência doméstica e atrás de um pano onde apenas se viam sombras, ouviu-se a palavra “basta” e foi esta a palavra que deu mote e entusiasmou ao conjunto de intervenções que se seguiram.

O primeiro a usar da palavra foi Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal de Mação e Vice-presidente do Conselho Intermunicipal da CIM do Médio Tejo, que afirmou que se esperava “um dia importante para Mação, para a região e para o país” pois, iria “ser debatida uma temática que está sempre na ordem do dia”.

“Muitas vezes, andamos aqui a esconder aquilo que é mais ou menos óbvio e estes seminários são importantes para nos despertar para uma realidade preocupante e contribuir para a contrariar”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, tendo salientado o trabalho levado a efeito pela CIM do Médio Tejo na abordagem ao problema da violência domestica e de género através do Projecto Maria.

Também, Anabela Freitas, presidente da CIM do Médio Tejo, exaltou este projecto, dando conta que o mesmo, tem permitido criar “estruturas de apoio às pessoas que são vitimas de violência doméstica e de género”, realçando o trabalho de capacitação aos técnicas/os dos municípios para que estes possam fazer um atendimento devido a quem mais precisa.

A presidente da CIM do Médio Tejo salientou que o Médio Tejo desde há muito tempo que está “alerta para este tipo de questões” e “este seminário é muito importante para relembrar um assunto que está um pouco esquecido”.

Após as intervenções de boas vindas, foi a vez de ouvir comunicações diferentes e bastante enriquecedoras. Sónia Santos, da CIM do Médio Tejo, apresentou o Projecto Maria. De seguida, marcou presença no Centro Cultural Elvino Pereira, Paulo Guerra, Juiz Desembargador e director-adjunto do Centro de Estudos Judiciários, com o tema “Os filhos da violência doméstica – as crianças como suas vítimas directas”.

Por sua vez, Andreia Matias, do Instituto Universitário Egas Moniz, abordou o tema do “Homicídio nas relações de intimidade: uma realidade presente, mas pouco conhecida”. E mesmo a terminar a manhã, João Dias, chefe da PSP, e Inês Carrolo, directora técnica, apresentaram o Espaço Júlia.
O período da tarde foi marcado pela assinatura do Protocolo para a Territorialização da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, com a presença da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro.

Após o acto formal, a secretária de estado exaltou o trabalho da CIM do Médio Tejo “nos domínios da promoção da igualdade entre mulheres e homens”, fazendo referência “à troca e partilha de trabalho e experiências entre a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e a CIM”.
“Muitas acções, muitos projectos de formação, e isso é um factor que temos de destacar, porque para além deste trabalho que se materializa no protocolo, já existem respostas concretas no domínio da violência” no Médio Tejo, evidenciou.

O Seminário terminou num momento de conversa com a presença de Ricardo Baúto, que dispõe da supervisão científica dos Espaço M da região do Médio Tejo, Rogério Roque Amaro, que detém a avaliação do trabalho desenvolvido no âmbito do Projecto Maria e Bruna Tapada, da Associação Igualdade.pt.

Depois deste dia, a CIM do Médio Tejo e os treze municípios dão mais um passo evolutivo de modo a conscientizar todos para uma problemática cada vez mais premente.

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