O Plano Estratégico para a Evolução do Sistema de Saneamento de Alcanena vai ter um apoio de cinco milhões de euros para execução dos projectos prioritários.

Em comunicado, a Aquanena salienta que o plano, desenvolvido com Câmara Municipal de Alcanena, em articulação com vários parceiros locais e nacionais, “obteve o enquadramento e o apoio do Ministério do Ambiente e Transição Energética” para que possa ter o financiamento necessário para “alavancar a primeira fase” da sua execução, a decorrer entre 2021 e 2022.

Esta primeira fase visa colocar o sistema de saneamento de Alcanena a responder a três objectivos estratégicos “que nortearam todo o plano”, ou seja, a satisfação dos limites de rejeição do efluente final tratado na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), o controlo de sulfuretos e de odores ofensivos e o controlo de afluências indevidas ao sistema.

O Plano Estratégico para o Sistema de Alcanena, cuja versão final foi apresentada ao executivo camarário na passada segunda-feira, “é um documento estruturante e orientador para as intervenções a realizar num horizonte mais alargado de 10 anos, entre 2021 e 2030, com vista à concretização destes três objectivos estratégicos e para uma modernização global do sistema”, é referido na nota.

No total, as intervenções previstas, calendarizadas pelo seu grau de relevância, implicam um investimento na ordem dos 10,4 milhões de euros, é acrescentado.

O plano prevê “um vasto conjunto de obras em todo o sistema de saneamento de águas residuais, desde a origem dos efluentes nas unidades industriais, passando por intervenções de robustecimento e resiliência do sistema de drenagem doméstico e industrial [colectores e outros equipamentos associados]”.

A empresa salienta que a maior parte das intervenções irão decorrer na ETAR, nomeadamente para reabilitação da entrada industrial, para obras de construção civil e renovação de equipamentos, cobertura de tanques de homogeneização, sistema de injecção de oxigénio puro, sistema de ozonização, decantação assistida e tratamento por biomembranas, entre outras.

A presidente da Câmara de Alcanena e da Aquanena, Fernanda Asseiceira, afirmou, aquando do lançamento da consulta pública do plano que, concluída a versão final, se iria iniciar um processo para “encontrar financiamentos para as várias fases de investimento”, nomeadamente apresentando candidaturas ao actual quadro comunitário de apoio 2014-2020 ou integrando propostas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ou em futuros quadros comunitários.

No limite, admitiu recorrer “a empréstimo para a execução de algumas obras consideradas mais prioritárias”.

O sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena, que recebe, além dos efluentes domésticos, os provenientes das indústrias, sobretudo de curtumes, tem vindo a ser responsabilizado por problemas ambientais, não só no rio Alviela, mas também pelos maus cheiros sofridos ciclicamente no concelho, atribuídos às elevadas cargas poluentes que chegam à ETAR.

Leia também...

EDP vai produzir hidrogénio na Central Termoeléctrica do Ribatejo

A EDP está a preparar um projecto-piloto, que deverá arrancar no início…

Intervenção de 3,6 ME em 23 diques do Vale do Tejo está concluída

As intervenções nos 23 diques do Vale do Tejo, um investimento de…

Movimento proTejo vai centrar atuação na sensibilização para despoluição dos afluentes do rio

O movimento proTejo vai centrar a sua actuação este ano “na mobilização…

Chamusca integra investimento de 900 milhões de euros em energia solar

A Lightsource bp, subsidiária da multinacional britânica bp, anunciou que vai investir…