“Desafio, por toda a dimensão deste consórcio, colaboração, que tem sido muita para a realização do projecto, reforço da competitividade e inovação, sobretudo inovação”. Estas são palavras de João Moutão, vice-reitor do Instituto Politécnico de Santarém, que definem o projecto Speed Talent, uma iniciativa que teve como parceiras 9 instituições, desde o sector académico, ao empresarial e institucional e que pretende desenvolver o empreendedorismo na região do Alentejo.

A coordenação de todo o projecto esteve centrada no PACT (Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia) sediado na cidade de Évora. A ele juntaram-se a Universidade de Évora, a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), o Núcleo empresarial da Região de Évora (NERE), a Associação Nacional de Jovens empresários (ANJE), o Sines Tecnopólo, o Instituto Politécnico de Portalegre, o Instituto Politécnico de Beja e também o Instituto Politécnico de Santarém.

“Estimular o empreendedorismo na região do Alentejo era uma falha que existia e que foi detectada por várias entidades. O Speed Talent surgiu como uma resposta para colmatar a carência que existia”, explicou Alexandre Alves responsável do PACT.

O trabalho em rede foi determinante para o sucesso do projecto, que ajudou a dar apoio a projectos de alguns jovens e de pequenas empresas, à procura de uma oportunidade para se lançarem no mercado.
No caso do Politécnico de Santarém, a aceitação foi total: “O empreendedorismo e a inovação é algo que está inerente à nossa instituição de ensino superior. Aqui na Lezíria temos condições óptimas para o empreendedorismo, pelos recursos endógenos que existem. Naturalmente, somos a instituição que terá a maior fonte de empreendedorismo jovem, por via dos 4 mil alunos que aqui temos. Tanto mais que o empreendedorismo é um pilar estrutural da nossa formação”, justificou o vice-reitor do Instituto Politécnico de Santarém.

Actividades inovadoras para ideias inovadoras

O projecto teve inúmeras actividades para pessoas com ideias embrionárias, mas também para empresas já constituídas. Criou-se, por exemplo, um balcão de apoio ao empreendedor, para ser um ponto de recepção para os vários empreendedores e para facilitar a comunicação entre todos.

Houve ainda a possibilidade de participação em “Maker Faire” – uma espécie de feira para pessoas que mostram produtos novos e ideias de negócios também inovadoras. Neste caso, o Speed Talent acabou por ser comunicado entre os mais novos.

Os roteiros de inovação destinaram-se a um público que frequenta o ensino superior, nos quais se fez um enquadramento de áreas prioritárias que existem na região, com são, por exemplo, o agro-alimentar e o ambiente. A esta actividade puderam concorrer os jovens com novas ideias, mas também os que quisessem conhecer um pouco mais sobre cada uma das áreas dos roteiros.

Com todas as entidades reunidas, trabalhando articuladamente e com o mesmo propósito, conseguiram criar-se condições para avançar com o projecto. “Esta iniciativa não surge isoladamente. Já houve um trabalho prévio. Houve outros projectos no passado que ajudaram a avançar com o Speed Talent”, continuou Alexandre Alves. “O projecto tem uma data de início e de fim, mas todas estas entidades continuam a trabalhar para além Do dia em que supostamente acaba”.

Fixar jovens em Santarém é um dos focos principais

No futuro o compromisso é o de continuar a trabalhar em projectos como o do Speed Talent. Para apoiar as ideias e os empreendedores.
Na opinião de Alexandre Alves este é um percurso que se tem de fazer a pouco e pouco: “Devíamos ter passado melhor a mensagem aos nossos destinatários. Mesmo assim foi positiva a reacção de algumas empresas no apoio às ideias inovadoras que surgiram”.

A capacidade de articular 9 entidades num propósito comum é uma das grandes lições que se retiram do projecto. Cada uma das entidades promotoras fez um esforço para coordenar agendas para que o Speed Talent tenha sido um sucesso e para que o empreendedorismo no Alentejo continue a crescer.

“Qualquer instituição de ensino hoje em dia tem que formar e apoiar a integração no mercado de trabalho. E tem que acompanhar o percurso profissional de todos os que passam na instituição. Nós não somos diferentes e estamos a fazer esse trabalho. Nós temos programas internos de fomento ao empreendedorismo, mas o Speed Talent ajuda ainda mais a fomentar a formação e o espírito empreendedor dos nossos estudantes. E nos casos com maior maturidade e viabilidade apoiamos a preparação do seu plano de negócios, bem como o encaminhamento para as plataformas de encubação”, concluiu João Moutão.

Outra das preocupações fundamentais deste projecto foi a de mostrar que é possível falar de fixação de jovens na região, com quadros qualificados. O objectivo continua a ser o de colocar o Alentejo como uma das principais regiões tecnológicas e de inovação do país.

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