O país entrou num “furioso” e longo período de campanha eleitoral.

São debates, entrevistas nas televisões, nos jornais, nas rádios, debates e ciclos de debates espalhados por todos os meios, inclusive Federações e Associações de diversos setores.

Disputam-se votos. Há candidatos e candidatas para todos os gostos. Dos que vivem da política aos que vivem para a política.

Apresentam-se ideias, nalguns casos. Critica-se o passado sem nada propor para o futuro, em muitos casos. Mandam-se bitaites ouvidos em “focus group” e apresentam-se soluções para futuras governações.

Nalguns casos, apresentam-se programas eleitorais.

Alguns, que contaram com a auscultação dos cidadãos, independentes e militantes. Outros, onde se deu a aparência dessa audição “só para compor o ramalhete”. Outros há onde se reciclam ideias do passado, não importando se boas ou más, mete-se numa “centrifugadora política” e serve-se.

Mas, o frenesim político também chegará às sondagens, onde a quantidade vai aumentar. E muito. Veremos se em qualidade alguma se aproxima do resultado da noite eleitoral.

As sondagens eleitorais continuam a ser uma ferramenta utilizada para medir a opinião pública e prever resultados em eleições. Cada vez mais falíveis, mas continuam a dar tendências, desde que feitas com rigor. Os partidos tendem a publicamente valorizar, quando lhes são favoráveis, e a desconsiderar quando apresentam dados que levantam problemas para o seu previsível resultado eleitoral. Erro quase sempre grave. Que resulta em fracasso. Ou desastre eleitoral.

Passado que está o ato eleitoral nos Açores, é tempo de Legislativas.

E depois virão, muito provavelmente, eleições para a o parlamento regional da Madeira.

E Europeias.

E talvez até mais Legislativas.

E por isso, em 2024, Portugal arrisca-se a ser um país em eleições constantes e em que os custos de todos estes atos e resultados eleitorais virão depois. Os diversos custos.

Ou melhor escrevendo, os custos da Democracia continuarão a aparecer depois, num país que passará um ano em campanha, mas vivendo num regime que apesar de tudo e citando Winston Churchill “a democracia é o pior dos regimes, à exceção de todos os outros”.

Leia também...

Projetos diferenciadores… Por Ricardo Segurado

A Escola Secundária de Sá da Bandeira, o “Liceu”, é uma instituição com quase dois séculos de história na nossa Urbe. São largas dezenas…

A propósito do anunciado plano de investimentos em infraestruturas desportivas em Santarém… Por Ricardo Segurado

Foram aprovados pela Câmara Municipal de Santarém um conjunto de investimentos em diversas instalações desportivas do Concelho. Para tal, serão necessários empréstimos bancários no…

“Há, nos confins da Ibéria, um povo que nem se governa nem se deixa governar”

Em menos de 30 dias o país viu um Primeiro-Ministro demitir-se, um Presidente da República ter de vir a público apresentar os seus esclarecimentos…

SNS de Excelência… Por Ricardo Segurado

Valorizar pouco o que temos. Ter o hábito de dizer mal. Muitas vezes apenas porque sim. Sem sequer se ter a noção do que…