O país entrou num “furioso” e longo período de campanha eleitoral.
São debates, entrevistas nas televisões, nos jornais, nas rádios, debates e ciclos de debates espalhados por todos os meios, inclusive Federações e Associações de diversos setores.
Disputam-se votos. Há candidatos e candidatas para todos os gostos. Dos que vivem da política aos que vivem para a política.
Apresentam-se ideias, nalguns casos. Critica-se o passado sem nada propor para o futuro, em muitos casos. Mandam-se bitaites ouvidos em “focus group” e apresentam-se soluções para futuras governações.
Nalguns casos, apresentam-se programas eleitorais.
Alguns, que contaram com a auscultação dos cidadãos, independentes e militantes. Outros, onde se deu a aparência dessa audição “só para compor o ramalhete”. Outros há onde se reciclam ideias do passado, não importando se boas ou más, mete-se numa “centrifugadora política” e serve-se.
Mas, o frenesim político também chegará às sondagens, onde a quantidade vai aumentar. E muito. Veremos se em qualidade alguma se aproxima do resultado da noite eleitoral.
As sondagens eleitorais continuam a ser uma ferramenta utilizada para medir a opinião pública e prever resultados em eleições. Cada vez mais falíveis, mas continuam a dar tendências, desde que feitas com rigor. Os partidos tendem a publicamente valorizar, quando lhes são favoráveis, e a desconsiderar quando apresentam dados que levantam problemas para o seu previsível resultado eleitoral. Erro quase sempre grave. Que resulta em fracasso. Ou desastre eleitoral.
Passado que está o ato eleitoral nos Açores, é tempo de Legislativas.
E depois virão, muito provavelmente, eleições para a o parlamento regional da Madeira.
E Europeias.
E talvez até mais Legislativas.
E por isso, em 2024, Portugal arrisca-se a ser um país em eleições constantes e em que os custos de todos estes atos e resultados eleitorais virão depois. Os diversos custos.
Ou melhor escrevendo, os custos da Democracia continuarão a aparecer depois, num país que passará um ano em campanha, mas vivendo num regime que apesar de tudo e citando Winston Churchill “a democracia é o pior dos regimes, à exceção de todos os outros”.