A Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, recebe no próximo dia 12 de abril, pelas 16 horas, a apresentação do livro, O Peso das Borboletas, de Paulo Vasco (Lápis de Memórias). A apresentação do livro estará a cargo de Adelino Pires.
«O Peso das Borboletas é um belo retrato dos anos 70 e 80 em Portugal, feito a partir de um grupo de amigos, universitário, ativistas políticos contra a Ditadura. A forma como o quotidiano das personagens se entretece com os que, para o bem e para o mal, os cercam e as várias vozes que introduzem atitudes distintas, convocam o leitor de forma muito intensa. A resistência, com todos os desafios que colocou, e a conquista da Liberdade, que o 25 de Abril proporcionou, são pedra de toque do romance que não ignora as convicções e as certezas e dúvidas que acompanham as personagens. Estas, tal como o cimento do Muro, com o passar do tempo vão sendo abaladas e o risco de se desmoronarem é constante.»
Paulo Marques Vasco nasceu em Ílhavo numa manhã quente de Maio. Tem 72 anos. Viveu na Figueira da Foz, Abrantes, Coimbra e Torres Novas, onde atualmente reside. É médico e aluno de Escrita Criativa, com Pedro Sena-Lino, desde 2009. Participou ativamente no combate contra a Ditadura do Estado Novo. Gosta de viajar e perder-se nas cidades, de livros e cinema, de praias com muito sol e, sobretudo, de viver. Com O Peso das Borboletas venceu o Prémio Literário Florbela Espanca 2025 – ficção, deliberado por unanimidade, tendo o júri, na redação final da ata, escrito o seguinte: “Hábil tessitura narrativa que cruza o pessoal, o coletivo, o privado e o político, apresentando-se como um conjunto de painéis do tempo português, de revolta estudantil, repressão e clandestinidade que nos coube viver. As circunstâncias históricas são reais, só os personagens e situações são imaginadas.”
Adelino Pires nasceu em Portalegre, em 1956, num dia de solstício de verão. Cresceu no Tramagal e viveu numa mão cheia de lugares. Estudou, inspirou, transpirou e fez acontecer meia dúzia de coisas ao longo do tempo. Alfarrabista no centro histórico de Torres Novas, gosta do que faz e faz o que gosta. Mais monge que missionário, cronista nalguns jornais, publicou um livro em 2015 “Crónicas Com Preguiça”. É nos seus escritos vadios que, no dia a dia, vai partilhando o que sente.