Trabalhadores da Câmara de Santarém realizaram, na sexta-feira, um plenário em frente dos Paços do Concelho, no qual decidiram comparecer na próxima reunião do executivo municipal, em 07 de Janeiro, reclamando a assinatura do acordo colectivo de trabalho.
Cristina Torres, da direção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), disse à Lusa que o plenário havia sido decidido pelos trabalhadores numa reunião realizada no início do mês, tendo-se mantido apesar de o município ter aceitado a inclusão no acordo coletivo de trabalho (ACT) dos três dias de férias adicionais para todos os funcionários que tenham avaliação positiva, a principal reivindicação em cima da mesa.
A sindicalista considerou uma “prepotência” que a Câmara de Santarém tenha cancelado a reunião que se deveria ter realizado hoje para ultimar pormenores e avançar no sentido da assinatura do ACT.
A vice-presidente do município, que detém o pelouro dos Recursos Humanos, Inês Barroso, disse à Lusa que desmarcou a reunião de hoje porque, tendo havido avanços, o STAL “não foi leal” ao manter a concentração em frente aos Paços do Concelho.
Segundo Inês Barroso, o município está a analisar se existe a possibilidade legal de atribuir os três dias de férias por deliberação, sem a necessidade de assinatura do ACT.
Além deste ponto, o STAL pretendia ver inscritos no ACT a concessão do dia de aniversário e do dia de Carnaval (já existentes na prática), a consagração de uma hora de redução no horário em jornada contínua, sendo que a câmara já havia concedido, até de forma alargada, um dia no caso da morte de um familiar.