Os trabalhadores do armazém de Torres Novas da Dia Portugal esta sexta-feira, 31 de Janeiro, em greve, numa acção de luta dinamizada pelo CESP – Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, que decorre em todo o país no sector da grande distribuição.
Cerca de 20 trabalhadores da empresa estiveram em piquete, frente ao armazém de Torres Novas da Dia Portugal, entre as 5h30 e as 10h00.
Num comunicado enviado ao Correio do Ribatejo, o CESP refere que os funcionários aderiram à greve para defender “melhores salários para todos, lutar contra a discriminação salarial, precariedade, defender a valorização das carreiras dos trabalhadores de armazém e em defesa do contrato colectivo de trabalho do sector da grande distribuição”, numa acção em que participaram mais de 50% dos trabalhadores desta empresa.
O sindicato refere na mesma nota que “os trabalhadores da Dia Portugal são diariamente sujeitos a situações de repressão no local de trabalho, a discriminações salariais provocadas, por exemplo, pelo exercício do direito à parentalidade (um(a) trabalhador(a) que usufrua do direito à licença de maternidade/parentidade, tem como recompensa não ter acesso a qualquer aumento salarial no ano seguinte), entre muitas outras”.
“Estão ainda sujeitos a salários de miséria que não acompanham o aumento do custo de vida, tendo vindo a perder poder de compra de maneira consecutiva desde 2014”, acrescenta o mesmo documento.
A luta tem também como objectivo a defesa da “Contratação Colectiva do sector da Grande Distribuição, em negociações desde 2016, altura em que foi revista pela última vez a tabela salarial do sector”.
Os trabalhadores vão continuar a “por melhores condições de vida e de trabalho”, já no próximo dia 26 de Março, na Manifestação Nacional de Jovens Trabalhadores e no dia 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, na Manifestação a realizar em Santarém.
O sindicato conclui o comunicado dizendo que os trabalhadores vão realizar outras “acções gerais ou específicas que se venham a desenvolver na empresa ou no sector.