Os trabalhadores da SUMOL+COMPAL cumprem hoje um dia de greve, uma paralisação que se prolonga até às 08:00 de quinta-feira em protesto contra o que afirmam ser a “intransigência” da administração perante reivindicações apresentadas em Novembro.

Além da greve, a decorrer nas várias unidades da empresa, os trabalhadores vão estar concentrados à porta das fábricas de Pombal (Leiria) e de Almeirim (Santarém), estando agendada, para as 14:00, uma manifestação em frente à Câmara Municipal desta cidade com a presença da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.

A direção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB) afirma que a paralisação acontece devido à “intransigência que a administração tem demonstrado na recusa da séria negociação da carta reivindicativa apresentada pelos trabalhadores”, no final de plenários realizados em novembro de 2021, nas unidades de Almeirim e de Pombal.

Segundo o SINTAB, os trabalhadores da SUMOL+COMPAL reivindicam a “reformulação do escalonamento da tabela salarial, quase totalmente absorvida pelo SMN [Salário Mínimo Nacional], e a implementação de perspetivas de progressão de carreira”.

O sindicato alega que a administração da empresa “não tem dado qualquer resposta objetiva, desvalorizando a iniciativa e os próprios trabalhadores”.

Questionada pela Lusa, a SUMOL+COMPAL afirmou reiterar que “está sempre disponível para ouvir as preocupações dos seus trabalhadores através de um diálogo aberto e responsável”.

Nos plenários realizados em novembro, os trabalhadores defenderam o fim da “contínua precarização da mão-de-obra, por recurso excessivo e injustificado à prestação de serviços externos e trabalho temporário” e opuseram-se aos “despedimentos coletivos que a empresa colocou em prática durante os últimos anos”.

Na Carta Reivindicativa aprovada em novembro, era pedida uma valorização do vencimento base em 150 euros, para todos os trabalhadores, para inverter a perda do poder de compra ocorrida na última década, a atualização do subsídio de turno para 25% do salário base, bem como das horas noturnas (de 27,5% para 35% e de 39% para 50%) e do subsídio de refeição para 7,5 euros.

Por outro lado, os trabalhadores querem a adoção de “um sistema de diuturnidades, assente em seis escalões, em que cada escalão represente a permanência de cinco anos na mesma função”, e uma valorização salarial acessória de 50 euros em cada diuturnidade.

Outras reivindicações são a implementação de 25 dias de férias sem penalizações e a redução faseada da carga semanal para 35 horas, “possibilitando aos trabalhadores a melhoria de qualidade da sua vida familiar, conciliando-a com a sua vida profissional, contribuindo para a melhoria dos índices de produtividade da empresa”, afirma o documento.

Leia também...

Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão comemora 11º aniversário

O Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão – CIJVS, comemorou…

Câmara de Santarém lança hasta pública para alienação de Blocos habitacionais da antiga Escola Prática de Cavalaria

O Município de Santarém vai realizar uma hasta pública no dia 28…

Atleta do Clube de Natação de Torres Novas em representação da seleção nacional de triatlo

Gustavo do Canto, atleta júnior do Clube de Natação de Torres Novas,…

Centro escolar evacuado devido a fuga de gás em Santarém

Alunos vão hoje para casa.