A presidente da União Distrital de Santarém das Instituições Particulares de Solidariedade Social apelou ao Governo para que inclua os idosos que frequentam centros de dia e recebem apoio domiciliário nos grupos prioritários de vacinação contra a covid-19.

Sónia Lobato disse à Lusa que enviou à tutela um pedido para que se aposte na prevenção, vacinando os idosos que, não estando abrangidos pela campanha que está a decorrer nas estruturas residenciais, são apoiados por estas, com a agravante que se deslocam na comunidade, estando mais expostos ao risco de contágio.

A presidente da UDIPSS de Santarém pede que, com esta medida, seja permitido às instituições que possam decidir sobre a abertura dos centros de dia e funcionamento do apoio domiciliário, perante a validação de planos de contingência pela proteção civil e pela autoridade local de saúde.

“Não é só o serviço de apoio que se presta a estas pessoas é o sabermos que muitos ficam sozinhos”, afirmou, salientando ainda que o encerramento destas valências “põe em causa as próprias instituições”.

Para a responsável, em vez de encerrar, é preciso apostar na prevenção e na capacitação dos profissionais.

Crítica da testagem, por corresponder à situação no momento e levar a comportamentos “de facilitismo”, a presidente da UDIPSS de Santarém defende que se aposte no uso dos equipamentos pessoais de protecção (EPI) e na formação dos profissionais.

A UDIPSS de Santarém adquiriu 2.000 máscaras Kn95 certificadas, por serem as que, além de protegerem os outros protegem quem as usa, que vai distribuir, até sexta-feira, pelas 186 instituições associadas, no âmbito de um acordo com um fornecedor que ofereceu 1.500 máscaras e que se dispõe a fornecer as restantes a um preço mais baixo, afirmou.

Por outro lado, na próxima semana, vai realizar-se uma formação ‘online’ destinada aos profissionais das instituições, com a participação de uma enfermeira, que reforçará os comportamentos básicos de segurança, e de uma psicóloga, para ajudar a lidar com as situações emocionais, dos próprios e dos idosos.

Como exemplo de medidas que podem ser adoptadas pelas instituições, Sónia Lobato apontou a criação, no lar a que preside, o Lar Evangélico Nova Esperança, de um subsídio de risco, no valor de 150 euros mensais, que é atribuído a quem cumpra todos os itens de segurança estabelecidos, como uso obrigatório de máscara, higienização frequente das mãos, banho na instituição antes de cada turno, entre outros comportamentos que ajudam a evitar o contágio.

Sónia Lobato recordou que as instituições se podem candidatar ao programa criado pela Segurança Social Adaptar + para reembolso de despesas relacionadas com a covid-19 (80% até 10.000 euros).

Leia também...

Músico dos Santos & Pecadores morre vítima de acidente de trabalho em Tremez

Rui Martins, um dos músicos da banda Santos & Pecadores, morreu na…

Médico detido por abuso sexual de menores

Um homem de 27 anos foi detido esta manhã no Bairro de…

Alterações ao Código da Estrada entram em vigor amanhã com multas agravadas

As alterações ao Código da Estrada aprovadas em Novembro entram na sexta-feira,…

O amargo Verão dos nossos amigos de quatro patas

Com a chegada do Verão, os corações humanos aquecem com a promessa…