Muitos falavam, Celestino Graça construía, nunca se deixando vencer pelos obstáculos. Homem com visão de futuro, que continua a ser uma referência para as gerações vindouras, Celestino Graça continua a ser um referencial de valores e figura incontornável da região.

Hoje, o principal impulsionador da Feira do Ribatejo – que mais tarde viria a ser elevada a Feira Nacional de Agricultura – completaria 106 anos de vida.

Oportunidade para o Correio do Ribatejo falar com os netos, Pedro e Cristina acerca do papel, mais pessoal, que Celestino Graça teve nas suas vidas. Apesar de terem convivido pouco com o avô, que faleceu a 24 de Outubro de 1975, vítima de doença súbdita, ambos realçam a sua obra, que permanece e não é esquecida.

Homem multifacetado, Celestino Graça continua, hoje, a ser o símbolo maior da Feira e do mundo agrário, que sempre pugnou pelo desenvolvimento da sua região, sem nunca aceitar quaisquer contrapartidas pessoais.

Regente agrícola, etnólogo, conferencista, Celestino Pedro Louro da Silva Graça nasceu no Graínho (Santarém), a 9 de Janeiro de 1914.

Desportista entusiasta e praticante, participou na fundação da “briosa” Associação Académica de Santarém, em 1931, que dirigiu durante vários anos. Concluído o curso na Escola de Regentes Agrícolas (actual Escola Superior Agrária de Santarém) exerceu a sua actividade em Sintra e Caldas da Rainha para regressar a Santarém, em 1937, à Brigada da Direcção Geral dos Serviços Agrícolas. Dedicava especial interesse à cultura do cânhamo de que foi o principal introdutor em Portugal, tendo mesmo publicado um estudo intitulado “Cultura do Cânhamo”.

Secretário Geral da Feira do Ribatejo desde a sua fundação, em 1953 e até 1974, então já Feira Nacional de Agricultura. Fundou os Grupos Académico de Danças Ribatejanas e Infantil de Dança Regional e foi delegado-fundador do C.I.O.F.F. (Comité Internacional de Organizadores de Festivais de Folclore). Levou a cabo a realização do 1º Festival Internacional de Folclore de Santarém em 1958, integrado no programa da Feira do Ribatejo.

O seu gosto pelo Ribatejo e seu folclore, fê-lo desenvolver uma intensa actividade como etnólogo e avivou muitas das tradições, dos usos e costumes dessa região agrícola. Foi também um aficionado da festa dos toiros e teve uma acção decisiva para a construção da Monumental de Santarém, praça de toiros que acabou por herdar o seu nome

Leia também...

Hospital de Santarém – Uma homenagem sentida aos ‘homens e mulheres’ da Linha da Frente

Especial 130 anos do Jornal Correio do Ribatejo O mundo mudou há…

Empresário de Santarém é o mandatário nacional da candidatura de André Ventura às presidenciais

Rui Paulo Sousa, o empresário de Santarém de 53 anos, vai ser…

Vítima mortal de violento acidente na A1 é empresário hoteleiro da zona de Lisboa

João André Pereira, com 35 anos de idade, fundador do grupo “Caseiro”…

Quatro praias fluviais do distrito de Santarém com Bandeira Azul

As praias do Carvoeiro (Mação), Agroal (Ourém), Aldeia do Mato e Fontes…