32 dos 56 últimos requerentes de asilo que se encontravam em quarentena na Base Aérea da Ota, em Alenquer, foram transferidos na quarta-feira, 20 de Maio, para a Unidade Militar de Santa Margarida, em Constância.
Os restantes foram transferidos para para Lisboa, separados em dois grupos de 16 e oito e divididos por dois locais diferentes na capital. Para a Unidade Militar de Santa Margarida, foram transferidos os que continuam infectados.
As 56 pessoas foram separadas em função de testarem negativo ou positivo à covid-19, das etnias e religiões a que pertencem e face à necessidade de a Força Aérea ter de voltar a receber alunos e ter de preparar o próximo ano lectivo.
Em 20 de Abril, foram colocados em quarentena na Base Aérea da Ota, no distrito de Lisboa, 171 cidadãos estrangeiros requerentes de asilo que estavam hospedados num ‘hostel’ em Lisboa, por a grande maioria ter testado positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Requerentes de asilo transferidos para Santa Margarida manifestaram “hesitações”
Os 32 migrantes infetados pela covid-19 que foram transferidos para o Campo Militar de Santa Margarida, manifestaram “algumas hesitações” em continuarem confinados, mas “já foi resolvida essa resistência”, afirmou hoje fonte do Governo.
“Houve essas naturais dificuldades, mas os cidadãos estão a ser permanentemente acompanhados por uma equipa de mediadores, de tradutores e de apoio psicológico”, avançou à Lusa fonte oficial da Secretaria de Estado para a Integração e as Migrações, referindo-se à transferência de 32 migrantes infectados que se encontravam em quarentena na Base Aérea da Ota, em Alenquer, e que foram transferidos para o Campo Militar de Santa Margarida.
“Relativamente à transferência dos cidadãos migrantes que estavam na Ota, confirma-se que foram transferidos. Os que tiveram resultados negativos nos testes foram para soluções de alojamento na Área Metropolitana de Lisboa. Os positivos, efetivamente, foram para o Campo Militar de Santa Margarida, para garantir o seu acompanhamento sanitário e a continuação do confinamento até terem testes negativos”, indicou fonte oficial da Secretaria de Estado para a Integração e as Migrações.
No processo de transferência dos 32 migrantes infetados, verificou-se “algumas hesitações e alguma dificuldade em entender que teriam de continuar confinados”, referiu a mesma fonte.
“Nesta transferência, perceberam que teriam de continuar confinados, portanto houve uma certa resistência, por essa razão, mas entretanto já foi resolvida essa resistência e já estão todos mesmo no campo”, reforçou fonte da Secretaria de Estado para a Integração e as Migrações.