Os partidos que elegeram deputados nas legislativas de 2019 pelo círculo de Santarém voltam a apostar nos mesmos cabeças de lista nas eleições de dia 30, com os 378.044 eleitores recenseados a ser chamados a escolher entre 15 forças políticas.

Num distrito marcado pelo envelhecimento e pela perda de população – o número de deputados eleitos pelo círculo de Santarém passou dos 13 em 1976 para os nove em 2015 -, acentua-se a incerteza do impacto do confinamento, devido à pandemia da covid-19, na afluência às urnas.

Nas eleições de Outubro de 2019, o distrito de Santarém, onde as vitórias eleitorais nas legislativas têm vindo a ser repartidas entre socialistas e sociais-democratas (estes por três vezes em coligações), registou uma taxa de abstenção de 45,7%.

O PS, que em 2019 foi o partido mais votado (37,1%), elegendo quatro dos nove deputados, volta a indicar a actual ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, o PPD/PSD (25,2%, três deputados) a sua vice-presidente e ex-presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, o BE (10,2%) e a CDU (7,6%) os actuais deputados Fabíola Cardoso e António Filipe, respectivamente.

Segundo a lista publicada pela Comissão Nacional de Eleições, o boletim de voto no distrito apresenta no topo o símbolo do CDS-PP, cuja candidatura é liderada por Pedro Melo, vice-presidente do partido, seguindo-se o PAN, cuja lista é encabeçada pela mestre em Gestão do Desporto Mónica Silva, e o Ergue-te, que tem o vice-presidente do PNR João Pais do Amaral como cabeça de lista.

Segue-se o Chega, com uma lista liderada pelo seu vice-presidente e actual vereador na Câmara de Santarém Pedro Frazão.

O RIR apresenta como cabeça de lista Pedro Silva, o Livre tem como primeiro candidato o programador Sandro Santos, o MPT apresenta Hélder Cardeira e a Iniciativa Liberal Ana Sirgado Rodrigues.

A lista do PTP é encabeçada por Américo Sousa, a do Volt Portugal, que concorre pela primeira vez a eleições legislativas, pelo tomarense Mykhaylo Shemliy, e a do MAS por Gil Garcia.

Segundo dados do Eyedata, uma ferramenta de análise de dados estatísticos criada pela Social Data Lab para a agência Lusa, o distrito de Santarém apresenta um saldo populacional natural por mil habitantes (que contrapõe os nascimentos aos óbitos) significativamente mais baixo que a média nacional (-77,76 contra -37,8), revelando uma elevada perda de população.

A população residente no distrito – o EyeData baseia-se em dados da Pordata para estimar a população média em 2020 – era de 429.661 pessoas, 378.044 das quais estão recenseadas para votarem a 30 de Janeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições, menos 2.932 que nas legislativas de 2019 (menos 15.270 que as inscritas em 2015).

À perda de população junta-se o envelhecimento, com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), de 2013, a mostrarem índices de envelhecimento (número de pessoas com 65 e mais anos por cada 100 pessoas menores de 15 anos) que vão dos 440,9 em Mação aos 93,2 em Benavente (único concelho que apresentava mais jovens do que idosos), passando pelos 165 da capital do distrito.

O rendimento médio mensal era, em 2019, de 1.050 euros, abaixo dos 1.207 da média nacional, e a taxa de desemprego, em 2020, surge abaixo da média nacional (4,31% contra 5,96%).

Em 2019, concorreram no distrito de Santarém 19 partidos políticos.

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