Na noite de sábado a plateia do Teatro Sá da Bandeira assistiu ao espectáculo de Tiago Rodrigues ‘Um outro fim para a Menina Júlia’, a partir de Strindberg, do Teatro Nacional D. Maria II e é uma peça sobre o sermos felizes com um copo de vinho.

Com esta peça podemos constatar que afinal, a menina Júlia não encontrou a morte, mas a felicidade. Mais de 30 anos depois daquela noite de São João que nenhum amante de teatro poderá esquecer, eis-nos perante o improvável reencontro com as personagens de Strindberg. Tiago Rodrigues imaginou ‘Um outro fim para a Menina Júlia’, e nele Júlia e João estão casados, gerem um pequeno hotel, e experimentam ser felizes por entre pilhas de guardanapos, um copo de vinho e finas lascas de presunto.

Esta encenação respeita a essência da peça, conservando parte dos seus dilemas, mas junta-lhe novas equações. Coloca duas gerações em cena (e pisca o olho tanto a jovens, quanto a público mais velho), numa espécie de jogo de espelhos, e parte de um final aparentemente feliz para a paixão de Júlia e João, contando a história em flashback.

O espectáculo, com bom ritmo, deixa perguntas no ar. O que é a felicidade para um casal “feliz”? A felicidade estará sempre assente em episódios mais ou menos obscuros? Faz sempre algumas vítimas e varre-as para debaixo do tapete da sala? É capaz de moldar o carácter?

No âmbito das Comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental a receita deste espectáculo reverte a favor d’A Farpa – Associação Familiares e Amigos do Doente Psicótico.

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