Pedro Aranha tem 35 anos e é Osteopata na Ribamédica, da qual é sócio com o pai e o irmão. Formado na Escola de Saúde Integral (EMAC) do Porto presta serviços em Santarém, Alpiarça, Torres Novas, Entroncamento, Carregado e brevemente na Chamusca. Pai de três filhos, diz ser um “orgulhoso escalabitano” e gosto da cidade que o viu nascer, crescer e trabalhar.
O que é para si a Osteopatia?
A Osteopatia é o meu dia-a-dia, conviver com os pacientes, tratá-los, ver melhorias e conseguir ajudar as pessoas, é extremamente gratificante. A Osteopatia trata lesões músculo-esqueléticas e baseia-se no facto de que todos os sistemas do corpo estão relacionados.
Como profissional de saúde, como surgiu e porque sentiu a necessidade de investir nesta área?
Vi na Osteopatia uma hipótese de trabalhar na saúde e decidi arriscar pois ainda era pouco divulgada. Tirei o curso no Porto e comecei a fazer tratamentos no nosso consultório da Ribamédica. Depois, com o tempo, outras oportunidades foram surgindo.
Qual é a importância e as principais vantagens desta abordagem no tratamento dos pacientes?
A Osteopatia tem a vantagem de conseguir tratar um leque variado de patologias. Agora as pessoas já nos procuram com mais frequência, uma vez que estão mais informadas. Isto também alivia os profissionais da medicina convencional. É uma medicina alternativa e complementar, termo que prefiro pois é mesmo isso, um complemento da medicina convencional e não uma alternativa, nada substitui a medicina convencional. Um bom exemplo desta articulação entre as duas medicinas supracitadas, é o nosso consultório, onde trabalhamos em sintonia. A Osteopatia é cada vez mais reconhecida (surgiram agora os primeiros licenciados em Portugal), penso estamos no bom caminho.
Aplica somente a Osteopatia nos seus pacientes ou concilia com outros métodos e técnicas?
Utilizo outras técnicas bastante inovadoras, nomeadamente as Ondas de Choque e a Tecarterapia, permitem-me tratar um leque mais abrangente de patologias bem como ter resultados mais imediatos e satisfatórios.
Concorda que os portugueses não ligam a estas questões de saúde e por vezes já é tarde demais?
Não sei se são só os portugueses, talvez no aspecto económico, como sabemos muita gente passa dificuldades no nosso país, e de facto as pessoas por vezes deixam até à última. Isto acaba por nos dificultar um pouco o trabalho porque muitas vezes com o adiamento as lesões vão-se agravando.
Quais foram os casos mais graves que encontrou até ao momento?
Normalmente não nos aparecem casos muito graves, mas sim de grande sofrimento e dores incapacitantes que vemos que não conseguimos tratar, temos de ser humildes e sinceros com os pacientes e encaminhá-los para outras áreas.
A pandemia covid-19 atrasou os tratamentos na sua área? Que diferença nota no antes e depois?
A pandemia atrasou-nos e afectou-nos bastante. Tivemos de fechar portas e quando reabrimos e adaptámo-nos como toda a gente. Fazemos marcações mais espaçadas, tentamos ter poucas especialidades ao mesmo tempo no consultório, de maneira a que as pessoas não se cruzem muito no nosso espaço e só entram acompanhantes quando é mesmo necessário. De resto, o que toda a gente faz noutras áreas, medir a temperatura à entrada, uso de máscara, desinfectar as mãos e os cuidados gerais de higiene dos espaços e equipamentos.
Tem novos projectos pensados para o futuro?
Em Janeiro, tenho já uma nova formação com a duração de seis meses na Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha, em Lisboa. Na Saúde temos que estar em constante aprendizagem e actualização.
Qual seria o título do livro da sua vida?
Pergunta difícil… posso-me considerar um sortudo, tenho uma família linda com saúde, trabalho, amigos… talvez …. “Memórias de uma vida feliz”.
Viagem?
Gostava de fazer o Sul de Itália, numa carrinha com a família e amigos. Quando houver tempo e dinheiro.
Se pudesse alterar um facto da história, qual escolheria?
A Segunda Guerra Mundial, sem dúvida.
Se um dia tivesse de entrar num filme, que género preferiria?
Podia ser uma aventura gastronómica, gosto muito de comer (risos).