Foto de Rita Valério

“Atreve-te a Abrandar” é o nome do livro que Fátima Lopes apresentou, no passado dia 10 de Julho, no Auditório do ISLA, em Santarém. Nesta obra, a autora partilha a sua história revelando alguns dos desafios que enfrentou, como o princípio de burnout, e dá a conhecer as ferramentas que utiliza para se manter bem, a todos os níveis.

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A apresentação do livro decorreu de uma forma interactiva e dinâmica, na qual os presentes puderam colocar questões à autora. No final do evento realizou-se ainda uma sessão de autógrafos, onde Fátima Lopes escreveu uma mensagem especial em cada livro autografado.

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Fátima Lopes, apresentadora de televisão, criou uma plataforma online denominada “Simply Flow”, em português “Simplesmente Fluir”, devido à sua grande paixão por temas da saúde e bem-estar.

A plataforma tem como objectivo ajudar cada leitor a cuidar de si, a fazer escolhas que lhe tragam mais saúde e a viver em harmonia com tudo aquilo que o envolve. “Achava que faltava uma plataforma que reunisse informação da medicina convencional e das medicinas complementares reconhecidas para que o público tivesse uma maior consciência da sua saúde e que pudesse ter uma atitude preventiva”, explicou ao “Correio do Ribatejo”.

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No decorrer da sessão abordaram-se temas sobre saúde física e mental e a importância de amenizar o trabalho excessivo em prol da vida pessoal. Fátima Lopes inspirou-se na plataforma “Simply Flow” para lançar o seu mais recente livro e ajudar um vasto público-alvo a perceber os benefícios que resultaram de abrandar. “Eu escrevo muito para a plataforma e fui desenhando na minha cabeça o que é que eu queria passar com este livro. A partir de aí peguei nessa matéria bruta e trabalhei-a”, notou.

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A autora refere que a simplicidade que o livro representa pode ser uma oportunidade para as pessoas que o leem reflectirem sobre a sua vida e a valorizarem. “Muitas vezes as pessoas não valorizam a sua vida e é nesta valorização que às vezes está a origem de muita insatisfação e até muita infelicidade”, evidenciou.

Fátima Lopes realça que a tecnologia possui inúmeras vantagens, mas “muitas vezes ocupa o espaço da comunicação do contacto directo e o espaço em que nos ouvimos e vemos de verdade. Isso é muito importante para a nossa saúde. Há pessoas que a única coisa que precisavam para ficar bem era de serem ouvidas. É estranho, não é? Em 2023. Às vezes a tecnologia vem e rouba esse espaço que é o espaço do contacto directo com o outro”.

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A autora revelou uma enorme paixão pela escrita, referindo que ocupa grande parte do seu tempo e já não imagina a sua vida sem escrever livros. Lança agora uma nova obra literária que promete impactar positivamente a vida dos seus leitores. “Abrandar é mesmo uma palavra de ordem se nós quisermos viver a vida e não apenas passar por ela”, evidencia Fátima Lopes.

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O evento contou com a presença de Marcos Pinto, apresentador de televisão, como orador da sessão, de João Teixeira Leite, vice-presidente da Câmara Municipal de Santarém, Domingos Martinho, Administrador do ISLA, Filipa Martinho, Delegada do Administrador, dos cantores Sérgio e Nelson Rosado, da dupla “Os Anjos”, que apresentaram uma marca de gin tónico criada pelos artistas, e de um vasto público entre estudantes e professores.

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Como surgiu a ideia de criar a plataforma Simply Flow?

A ideia de criar esta plataforma surgiu há praticamente sete anos. Primeiro pela minha paixão por temas da saúde e bem-estar e depois porque eu achava que faltava uma plataforma que reunisse informação da medicina convencional e das medicinas complementares reconhecidas para que o público tivesse uma maior consciência da sua saúde e que pudesse ter uma atitude preventiva.

Como foi o processo de escrita deste livro? Quanto tempo demorou a escrevê-lo?

Honestamente não contabilizei os meses, porque eu peguei em algum material que eu já tinha feito. Eu escrevo muito para a plataforma e fui desenhando na minha cabeça o que é que eu queria passar com este livro. A partir de aí eu peguei nessa matéria bruta e trabalhei-a. Não sei, devo ter levado talvez uns seis meses a escrever o livro. Era um livro que estava estruturado na minha cabeça. Eu só tinha de conseguir tornar realidade e foi o que eu fiz.

O que pretende transmitir com este livro?

Que é muito importante abrandar. É mesmo fundamental para a nossa saúde física, emocional, espiritual, mental. Abrandar é mesmo uma palavra de ordem se nós quisermos viver a vida e não apenas passar por ela e se quisermos preservar um bocadinho daquilo que é o gosto de estarmos vivos e virmos a esta vida com uma missão.

Considera que o livro “Atreve-te a Abrandar” pode mudar uma vida?

Modéstia à parte, considero. É um livro despretensioso, mas acho que é a sua simplicidade que representa uma oportunidade para as pessoas refletirem um pouco sobre a sua vida e para a valorizarem. Muitas vezes as pessoas não valorizam a sua vida e é nesta valorização que às vezes está a origem de muita insatisfação e até muita infelicidade.

O que representa para si a escrita?

A escrita é uma paixão e neste momento ocupa grande parte do meu tempo. Já não imagino a minha vida profissional sem escrever livros. É tão simples quanto isto.

Para si qual é a melhor maneira de investir na saúde e no bem-estar?

É nós termos a capacidade de analisar com consciência quais são os nossos comportamentos diários e que escolhas é que nós fazemos. Se essas escolhas e esses comportamentos forem amigos da nossa saúde está tudo certo. Se não forem amigos da nossa saúde está na altura de mudar.

Como é que a tecnologia pode influenciar a saúde mental?

A tecnologia tem coisas maravilhosas. Graças a ela, por exemplo, nós na Covid pudemos ter contacto com os nossos familiares e vê-los mesmo não estando fisicamente ao pé deles. Tem inúmeras vantagens, mas também tem inúmeras desvantagens, porque muitas vezes ocupa o espaço da comunicação, do contacto directo e o espaço em que nos ouvimos e vemos de verdade. Isso é muito importante para a nossa saúde. Há pessoas que a única coisa que precisavam para ficar bem era de serem ouvidas. É estranho, não é? Em 2023. Às vezes a tecnologia vem e rouba esse espaço que é o espaço do contacto direto com o outro.

Que conselhos dá a quem precisa de abrandar?

Primeiro que se atreva. Depois que perceba os benefícios que daí resultaram e a seguir retire daí os ensinamentos que foram necessários para que não volte a deixar a máquina acelerar a ponto de o atropelar ou a atropelar.

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