A interacção entre a “Cidade e a Arte” é o tema central do Festival de Filosofia de Abrantes que juntará, entre 18 e 20 de Novembro, pensadores, académicos, artistas e investigadores nacionais.
O festival, organizado pela Câmara Municipal e com o alto patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, volta este ano ao modelo presencial e irá decorrer no Edifício Pirâmide, sendo as conferências de entrada livre.
De acordo com a organização, os desafios do Festival de Filosofia de Abrantes, que assinala este ano a quarta edição, passam por convocar os cidadãos à reflexão e a marcar posição sobre as problemáticas do mundo actual e incentivar e valorizar a reflexão crítica.
Durante três dias, pensadores, académicos, artistas e investigadores nacionais vão pensar e debater de forma aberta o papel da arte, nas suas múltiplas disciplinas, na tensão dialéctica entre a sua realidade e o contexto social.
Entre os nomes presentes no festival vão estar o historiador de arte e curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado Português, David Santos, a escritora e romancista Dulce Maria Cardoso, o filósofo Nelson de Carvalho, o comissário do Plano Nacional das Artes, ensaísta e curador Paulo Pires do Vale, a directora do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Emília Ferreira, entre outros.
O programa do festival integra painéis que, a partir do tema central, abordarão várias temáticas: arte, política e sociedade; literatura, artes e transformação do mundo; arte, educação e compromisso comunitário; cuidar, expor e emocionar: a arte e os museus; filosofia e arte da paisagem e do jardim.
Haverá ainda lugar para uma comunicação livre que abordará a ideia de cultura e de arte como expulsão e hospitalidade e uma conferência com jovens filósofos.
A par dos painéis, o programa inclui a realização de sessões de filosofia para crianças das escolas, com Joana Rita Sousa, filósofa e mestre em filosofia para crianças, na Biblioteca Municipal António Boto, onde está a decorrer uma feira do livro de filosofia.
O festival encerra com o espectáculo de poesia “Para atravessar contigo o deserto do mundo”, com Pedro Lamares e Lúcia Moniz, a realizar na Biblioteca Municipal António Botto. Trata-se de uma performance feita a partir da amizade e cartas trocadas entre Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena.