As obras para transformar uma antiga escola primária de Abrantes numa creche municipal com capacidade para 107 crianças, num investimento de 1,9 milhões de euros, já arrancaram, confirmou hoje o município à Lusa.
“Iniciou-se a empreitada com a preparação para colocação do estaleiro de obras”, tendo os trabalhos o prazo de um ano para conclusão, revelou a Câmara Municipal de Abrantes, no distrito de Santarém.
Anteriormente, o município tinha indicado que hoje iriam avançar “os trabalhos da empreitada de requalificação da Escola n.º2, junto ao hotel de Abrantes, no Alto Santo António, para transformação numa creche, para 107 crianças, e a criação de mais 40 postos de trabalho”.
Segundo o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos (PS), apesar de existir “muita oferta privada”, há também “muita procura”, daí a necessidade de “alargar a oferta”.
Por isso, explicou, o município candidatou-se a fundos comunitários para a requalificação da escola básica de primeiro ciclo n.º 2, já desactivada, para a criação de uma creche municipal.
“Ainda não sei o modelo de gestão desta infraestrutura, ainda não está completamente definido, mas seja de forma direta ou por concessão, vamos criar mais de 40 postos de trabalho e vamos criar condições para acolher 107 crianças”, disse à Lusa o autarca.
Ainda de acordo com Manuel Jorge Valamatos, já há algum tempo que o município tem “o financiamento garantido” e, por isso, lançou o concurso e agora vão arrancar as obras.
“Esperamos que no próximo ano lectivo, do próximo Setembro a um ano, consigamos ter esta creche em funcionamento, o que era absolutamente extraordinário”, declarou.
A empreitada de Requalificação da Escola EB1 Nº2 para instalação de Creche em Abrantes, no Alto de Santo António, foi adjudicada à Tecnorém, Engenharia e Construções, S.A., pelo valor de 1.897.753,64 euros, acrescido de IVA.
“Após o visto do Tribunal de Contas, a obra teve início ontem, dia 19 de agosto”, indicou o município.
Com capacidade para acolher 107 crianças, a creche municipal terá três unidades autónomas para grupos de crianças, de acordo com as diferentes faixas etárias: berçário, com capacidade máxima para 35 crianças, com quatro salas berço, quatro salas parque e três salas de actividades para crianças entre a aquisição da marcha e os 24 meses, com capacidade para 36 crianças, além de duas salas de actividades para crianças entre os 24 e os 36 meses, também com capacidade máxima para 36 crianças.
Em informação enviada à Lusa, o município indicou que “a intervenção a realizar abrange também o espaço exterior envolvente, no qual será garantida a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, entre os três pisos do edificado, através da criação de rampas e instalação de plataformas elevatórias”.
Por outro lado, acrescentou a autarquia, a empreitada contempla um “espaço coberto para permitir a realização de actividades no exterior, mesmo quando as condições climatéricas forem adversas, além da criação de três parques de recreio e jogos, sendo mantido o espaço de horta pedagógica”.
O município indicou ainda que vai ser efectuada uma “intervenção em todo o sistema de drenagem do edifício e do espaço exterior envolvente da escola para melhorar a segurança dos muros de suporte envolventes ao terreno”.
A obra, que é financiada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), inclui também a “implementação de medidas de eficiência energética, como por exemplo, a substituição de toda a caixilharia existente por uma mais eficiente, a instalação de painéis fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo, e a aplicação de isolamento térmico em coberturas, paredes ou pavimentos”, ainda segundo a Câmara Municipal.