A CPCJ de Alpiarça e o Centro de Bem Estar Social da Zona Alta (CBESZA), de Torres Novas, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Alpiarça, promoveu uma sessão formativa e de esclarecimento sobre “Acolhimento Familiar”, uma nova resposta social para crianças e jovens.

A sessão realizou-se no passado dia 18 de Janeiro, na Casa-Museu dos Patudos, em Alpiarça, e contou com técnicos das CPCJ e da rede social dos concelhos de Alpiarça, Almeirim, Santarém, Chamusca, Cartaxo, Coruche, Benavente e Salvaterra de Magos e técnicas da Segurança Social do Centro Distrital de Santarém.

Esta sessão será replicada, brevemente, em Torres Novas, com os outros concelhos do distrito de Santarém. E acontecerá o mesmo em todo o país. Pretende-se difundir, amplamente, esta resposta social porque, no entender dos promotores da iniciativa “só o melhor é suficiente para cada criança ou jovem”.

Sob o lema “O acolhimento é temporário, o amor é para a vida”, a equipa técnica do CBESZA – instituição de enquadramento desta resposta – procedeu à apresentação do Acolhimento Familiar, tendo abordado algumas vertentes importantes, tais como: o que é o Acolhimento Familiar; porquê acolher?; quem pode ser Família de Acolhimento?; o que se espera de uma Família de Acolhimento?; quais os direitos da Família de Acolhimento?; e qual a duração do Acolhimento Familiar?

O acolhimento familiar é uma medida de promoção dos direitos e protecção de crianças e jovens, de carácter temporário, determinada pelos tribunais ou pelas CPCJ. Podem ser acolhidas crianças e jovens entre os 0 e os 18 anos, que se encontrem em situação de perigo, priorizando-se as crianças até aos 6 anos. Pretende-se a integração da criança num ambiente familiar estável que lhe garanta os cuidados adequados às suas necessidades e ao seu bem-estar, promovendo o seu desenvolvimento geral.

A criança acolhida, sempre que possível, mantém o contacto com a família biológica, tendo em conta, sempre, o seu superior interesse.

“Esta resposta faz todo o sentido porque todas as crianças têm o direito de crescer num ambiente familiar, onde haja colo e carinho. Pode ser Família de Acolhimento quem demonstre vontade de acolher com coração, podendo transformar o mundo desta criança ou jovem num lugar melhor.

Podem ser pessoas singulares, casadas ou que vivam em união de facto há mais de dois anos e terem idade superior a 25 anos. Há mais requisitos, entre os quais, as famílias acolhimento terem habitação adequada com condições de higiene e segurança, bem como condições de saúde física e mental”, afirmou ao Correio do Ribatejo Rui Coelho, presidente da CPCJ de Alpiarça.

“O que se espera de uma Família de Acolhimento, principalmente, é que sinta vontade de cuidar de uma criança ou jovem com amor, dedicação e responsabilidade”, vincou.

“A família não nasce pronta; constrói-se aos poucos e é o melhor laboratório de amor. A verdadeira família é aquela que é unida pelo espírito e não, necessariamente, pelo sangue. É por isso que uma Família de Acolhimento pode ser o local seguro para uma criança ou jovem em perigo e a resposta que tantas precisam neste país”, acrescentou Rui Coelho.

Qualquer pessoa pode fazer a manifestação de interesse em ser Família de Acolhimento junto de qualquer CPCJ do distrito de Santarém ou contactando a equipa de Acolhimento Familiar, através do e-mail acolhimentofamiliar.cbesza@gmail.com, ou do telefone 934189041. Pode-se obter mais informações, ainda, através do site www.zonaaltasocial.com.

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