Foto Ilustrativa
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O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) disse hoje que a localização do novo aeroporto é uma das variáveis para decidir se o último troço da linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa será pela margem direita ou esquerda do Tejo.

“[O aeroporto] é uma das variáveis. Se o aeroporto for em Alcochete, poderá ser mais uma razão para escolher a margem esquerda, mas quem de direito irá discutir e decidir isso bem mais à frente e não é necessário decidir agora”, disse Carlos Fernandes, em declarações à Lusa à margem de uma conferência sobre o comboio de alta velocidade, em Lisboa.

O projeto de alta velocidade foi dividido em três fases – Porto-Soure, Soure-Carregado e Carregado-Lisboa – e, conforme explicou o vice-presidente da IP, nesta altura só é preciso executar as duas primeiras, uma vez que a prevista quadruplicação da Linha do Norte entre o Carregado e Alverca permite a passagem de comboios convencionais e de alta velocidade, não sendo necessário avançar coma terceira fase nos próximos anos.

Quando o número de comboios na linha de alta velocidade “crescer muito”, prosseguiu Carlos Fernandes, passa a ser necessário construir o último troço e aí há duas alternativas: ou construir uma linha direta para Lisboa pela margem direita do Rio Tejo, paralela à Linha do Norte, ou construir a linha pela margem esquerda que chega a Lisboa através de uma terceira ponte.

O responsável apontou que a primeira alternativa poderá ter um custo na ordem dos 1.000 milhões de euros, um projeto “muito caro” devido à necessidade de construir túneis e viadutos até à Gare do Oriente.

A abordagem a Lisboa pela margem esquerda do rio tinha já sido estudada há cerca de uma década, mas foi uma ideia descartada, porque na altura o projeto estava a ser trabalhado em bitola (distância entre os carris) europeia e, conforme explicou o responsável, foi defendido que devia haver uma ligação direta a Lisboa, ao invés de se ficar dependente de uma pela margem esquerda.

“Nesta altura, como temos a Linha do Norte e estamos a trabalhar em bitola ibérica, teremos sempre uma ligação direta”, permitindo considerar uma segunda ligação pela margem esquerda.

Na semana passada, os promotores do aeroporto em Santarém disseram que a alteração ao Plano Ferroviário Nacional (PFN) prevê um prolongamento de 38 quilómetros (km) entre o Carregado e o Campo de Tiro de Alcochete, beneficiando aquela localização, e um investimento de mais de 1.500 milhões de euros para fazer aquela ligação.

O porta-voz do consórcio promotor do projeto Magellan 500, Carlos Brazão, apontou que esta solução fará o comboio de alta velocidade “dar uma volta de 100 quilómetros ao redor de Lisboa” e que este desvio foi decidido após um ‘workshop’ entre a CTI e a Infraestruturas de Portugal (IP).

Os promotores do aeroporto em Santarém referiram ainda que este desvio pela margem esquerda do rio Tejo já tinha sido estudado em 2007 e descartado e que alguns dos “decisores” são os mesmos que agora admitiram esta solução.

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