A TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior dinamizou, no passado dia 27 de abril, no Bairro ao Rio, em Aldeia do Mato (Abrantes), um workshop com agentes do território para a partilha de informação e sensibilização para temáticas relevantes para a Albufeira de Castelo do Bode, no âmbito do projecto de cooperação transnacional Turismo Náutico de Águas de Interior – Barragens & Lagos (TNAI).
A iniciativa debruçou-se em questões relacionadas com a água, agricultura, floresta, turismo náutico e desenvolvimento sustentável com o objectivo de sensibilizar a população para a reflorestação com interesse turístico e práticas agrícolas amigas do ambiente.
Para a sessão foram convidadas diferentes entidades públicas e privadas com intervenção no território, como os municípios de Abrantes, Constância e Sardoal, as Associações de Agricultores, Comercial e Empresarial e de Empresários de Castelo do Bode, a Comunidade Intermunicipal do Medio Tejo, o Núcleo Regional do Médio Tejo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, o Fórum Oceano, a empresa de animação turística Ponto Aventura e o restaurante Bairro ao Rio.
O workshop foi bastante debatido, que permitiu indicar a aposta no turismo activo e desportivo e na criação de infraestruturas para sua fruição durante todo o ano como um caminho para o combate à sazonalidade de turistas e visitantes, tendo em atenção que a pressão imobiliária, questões burocráticas e legislação condicionam a atividade turística na albufeira. Também, foi apontada a boa gestão agrícola e florestal (com a água como fator limitante e a proteger) para a diminuição da ocorrência de incêndios rurais e de outras problemáticas, considerando-se as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) como uma boa oportunidade.
Pela sessão abordou-se diferentes questões como a gestão da paisagem, os eixos turísticos no território (cultural, religioso e náutico), a gestão e organização de produtos turísticos, uma abordagem dos empresários do setor para o turismo de bem-estar, a Grande Rota do Zêzere, a estação náutica e outras potencialidades da região, a desertificação e o despovoamento, a biodiversidade e a importância do trabalho em rede dos diferentes intervenientes na área.