Teatro, música, literatura, exposições e mostras documentais temáticas integram o programa das comemorações em Alcanena (Santarém) dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, com atividades que se estendem até outubro, anunciou o município.
Com iniciativas direcionadas para toda a população e envolvendo a comunidade escolar, as comemorações oficiais do 25 de Abril arrancaram em Alcanena no dia 06 de abril, com a exposição “Memórias da Terra Vermelha”, na Galeria Municipal, integrando registos de ex-combatentes do concelho na Guerra Colonial.
Na terça e quarta-feira, a Biblioteca Municipal acolherá duas sessões do “Projeto Aurora”, pelo Raiar – Laboratório Criativo, peça que relata a história de uma estudante universitária presa e torturada pela PIDE-DGS em maio de 1973, por lutar contra a ditadura e defender o fim da Guerra Colonial, um trabalho com investigação, texto, criação e interpretação de Inês Melo.
O cineteatro São Pedro abrirá as portas, no sábado, para um café-concerto dedicado a “Conversas Clandestinas sobre as Músicas de Abril”, com João Morales a apresentar “25 Músicas para o 25 de Abril”.
Na manhã do dia 24 de abril, véspera de feriado, será apresentada a performance “Menino Sem Medo”, por Fernanda Borghetti, direcionada para o público escolar, com a Praça 8 de Maio a ser palco nessa noite de um concerto de António Saiote e Ana Lains.
O feriado nacional de 25 de abril, que assinala os 50 anos da Revolução dos Cravos, será dedicado às comemorações oficiais, no edifício dos Paços do Concelho de Alcanena, com início às 10:00.
O programa de celebrações dos 50 anos do 25 de Abril fechará o mês no dia 27, com um “Encontro de Poesia” sobre Zeca Afonso, na Biblioteca Municipal.
As festividades irão prosseguir em maio com um “Encontro de Migrantes” residentes no concelho de Alcanena e, em junho, com o espetáculo “Requiem – A Única Censura que Deveria Existir é Censurar a Censura”, e o FALA – Festival Literário de Alcanena.
Já em setembro, a programação comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril incluirá o espetáculo de teatro “Antiprincesas: Catarina Eufémia”, por Cláudia Gaiolas, e de dança, com “Vastidão”, por Gustavo Ciríaco.
A encerrar a programação, em outubro, Alcanena acolherá o espetáculo “Guião Para um País Possível”, uma obra da estrutura artística Cassandra e com encenação de Sara Barros Leitão, através do Teatro Nacional D. Maria II.