Em interessante entrevista ao site “Time Out”, o empresário Álvaro Covões, representante da empresa “Plateia Colossal, Lda.”, gestora do Campo Pequeno, respondeu a algumas questões sobre a Tauromaquia e a praça de toiros de Lisboa, que pela sua importância aqui deixamos para reflexão.
“O espaço [Campo Pequeno], é agora “multidisciplinar”, (…) “a minha empresa não promove espectáculos tauromáquicos, ao contrário do que acontecia com as anteriores concessionárias do espaço”.
Quanto às corridas de toiros: “Se são uma organização juridicamente legal, claro que sim, são bem-vindos. Aliás, eu fui educado a isso: as salas de espectáculos têm de ser abertas a todos. Todos os credos, sejam políticos, sejam religiosos. E os artistas a mesma coisa. Isso é princípio básico da liberdade. O público tem direito a ver aquilo que quer ver”.
“As empresas que passaram por aqui, promoviam espectáculos tauromáquicos. Nós não promovemos. Somos obrigados por contrato [a acolhê-los]. Ainda é considerado um espectáculo. É obrigatório. Não temos como fugir, portanto, não temos opinião” – acrescenta Covões.
Referindo que o tema tauromáquico não foi abordado no contrato que fez com a Sagres, o empresário afirma: “Nós vivemos em democracia e em democracia tem que se respeitar a lei e a vontade da maioria.
Quem somos nós para mudar isso? Era o que mais faltava agora nós termos um pensamento político e vinha aqui um com um pensamento oposto ‘queremos fazer a nossa convenção’. Não, não, nós não queremos nada convosco”.
Recordamos que para este ano estão previstas quatro corridas em Lisboa, promovidas pelo empresário Luís Miguel Pombeiro, da empresa “Ovação e Palmas, Lda.” que em 2020 venceu o concurso promovido pela empresa de Álvaro Covões: a primeira a 27 de Julho e mais três a 10 e 25 de Agosto e a 8 de Setembro, cujos cartéis ainda não foram anunciados.