A Associação Casa dos Beirões no Ribatejo celebra no dia 15 de Outubro mais um aniversário com um programa festivo que vai decorrer na Quinta das Acácias/Restaurante O Gato Preto, em Rio Maior, a partir das 12h15, que prevê almoço convívio e lanche.
Não vai faltar também animação musical, provas gastronómicas e uma homenagem aos sócios falecidos. A propósito desta efeméride, o Correio do Ribatejo esteve à conversa com o presidente da direcção da Associação, Dionísio Abreu de Campos.
Quais considera serem os principais marcos e conquistas da Associação Casa dos Beirões no Ribatejo ao longo destes anos de existência?
A Associação foi criada a 3 de Outubro de 2000, ao longo destes 23 anos de existência, são já mais de 950 sócios inscritos se somarmos conjugues ainda não sócios, mas com direitos, representa no universo, cerca de 1500 pessoas, o que nos torna uma das maiores associações do Ribatejo.
Outro marco importante é o de termos sido reconhecidos como Instituição Particular de Solidariedade Social – IPSS, em Abril de 2014.
Como é que a Associação tem mantido e fortalecido os laços afectivos entre as pessoas com origens nas Beiras que residem no Ribatejo?
A Associação ao longo destes 23 anos tem vindo a realizar eventos que visam fundamentalmente fortalecer os laços de amizade entre os associados e manter vivo o espírito beirão. De entre estes, posso destacar o Aniversário onde juntamos cerca de três centenas de associados, a sardinhada, o magusto, o almoço de Natal, etc.
Qual é o propósito e a importância do Complexo Social que a Associação está a construir em Santarém?
A Associação identificou que uma das principais carências em Santarém é o apoio aos mais idosos, quer nas vertentes de apoio domiciliário quer no que diz respeito a centros de dia e lar. É sabido que muitas das infra-estruturas existentes, que dizem prestar estes serviços são ilegais, e de baixa qualidade mais se justifica o interesse da nossa Associação nestas atividades.
Foi com base nesta realidade que a Associação iniciou o trabalho hercúleo de iniciar a construção do seu Complexo Social. Têm sido muitas as dificuldades, mas com vontade e perseverança vamos conseguir.
Como é de imaginar as angariações de fundos, que ao longo do tempo, temos vindo a conseguir, são insuficientes para erguer uma obra desta dimensão.
Já nos candidatamos aos fundos europeus, mas por vicissitudes várias ainda não fomos contemplados, esperamos que uma revisão dos fundos atribuídos às candidaturas anteriores ou de uma nova candidatura possa vir a desbloquear as verbas necessárias à conclusão da obra, mais acrescento que Associação já investiu na obra e projetos, cerca de 500 mil euros.
De que forma esta infra-estrutura beneficiará a comunidade?
Esta infra-estrutura irá certamente complementar as já existentes e não só dar um apoio de qualidade a todos os nossos associados, que dela necessitem, como também à comunidade, em articulação com os serviços de Segurança Social.
Além da construção do Complexo Social, a ACBR também está envolvida em actividades culturais. Pode partilhar mais informações sobre essas actividades?
A Associação tem vindo a realizar passeios a todas as regiões das Beiras, em estreita articulação com a Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, etc. Estes eventos visam sobretudo dar a conhecer e ou revisitar as terras beirãs, nomeadamente o seu património, gastronomia, etc.
Este ano fomos ao Nordeste Transmontano com visita à cidade de Bragança, passeamos pelos encantos da Beira com passagem pelos passadiços do Mondego e Douro e ainda visitámos o Alto Alentejo com Visita a Nisa, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre.
Realizamos anualmente um passeio, fora de portas, este ano fomos a Itália, aos Lagos Italianos.
Este evento é muito apreciado pelos nossos sócios pois é uma oportunidade de visitarem países e locais extraordinários em “família”.
Pode partilhar alguma história inspiradora ou exemplo de como a ACBR impactou positivamente a vida de um membro ou utente ao longo dos anos?
É uma pergunta de difícil resposta, mas talvez destaque de entre as parcerias celebradas, as que se referem aos serviços de saúde, nomeadamente com as farmácias, pois muitos associados puderam ver reduzidos os seus custos com medicamentos.
Por fim, que mensagem gostaria de transmitir à comunidade, aos sócios e aos parceiros da ACBR sobre o futuro da associação?
Gostaria de deixar uma mensagem de grande apreço por todos os Associados, parceiros e patrocinadores. Espero poder continuar a contar com o apoio de todos eles, só assim a Associação poderá manter-se viva e continuar o caminho que ao logo destes 23 anos tem vindo a trilhar.
Não podemos esquecer o grande apoio da Câmara Municipal de Santarém, Segurança Social de Santarém e Juntas de Freguesia. A todos o nosso agradecimento nas pessoas do Sr. Presidente Ricardo Gonçalves, Dr. Renato Bento, Srs. Diamantino Duarte e Artur Colaço.
Uma mensagem de grande esperança no futuro e que acreditem que apesar de todas as dificuldades o Complexo Social vai ser uma realidade.
Em nome da Direção, quero deixar um Grande Bem-Haja a todos.