O sistema de apoio aos agricultores afectados pelos incêndios que atingiram Vila de Rei, Sertã e Mação será semelhante ao utilizado em Pedrógão Grande em 2017, anunciou o ministro da Agricultura.
Para além da ajuda de emergência à alimentação animal, o Ministério da Agricultura vai também dar apoios financeiros a todos os agricultores afectados pelos incêndios que deflagraram no sábado na região e que afectaram os concelhos de Vila de Rei e Sertã, no distrito de Castelo Branco, e de Mação, no distrito de Santarém.
Segundo Luís Capoulas Santos, foi acordado na reunião com os autarcas que “haverá um sistema de apoio que será semelhante” ao utilizado aquando dos grandes incêndios de 2017.
“Serão apoiados todos os prejuízos agrícolas: tractores, máquinas, equipamentos, culturas permanentes como vinhas, olivais ou pomares, animais, estábulos e armazéns”, acrescentou o ministro, que falava aos jornalistas após uma visita ao local de distribuição de alimentação para animais que ficaram sem pasto devido ao fogo, situado na Zona Industrial do Carrascal, concelho de Vila de Rei.
Luís Capoulas Santos referiu que os apoios serão pagos a 100% até 5 mil euros de prejuízo, 80% entre 5 mil e 50 mil euros, e 50% entre 50 mil e 800 mil euros de danos provocados pelos fogos.
“Das informações que já chegaram do primeiro levantamento, exceptuando três ou quatro casos com montantes mais elevados, a generalidade dos prejuízos por exploração será de montante relativamente baixo”, disse.
Na perspectiva do ministro da Agricultura, os prejuízos por agricultor deverão estar próximos dos valores do incêndio de Monchique, em 2018, “em que a ajuda média rondou os três mil euros” por produtor.