Num “exercício de cidadania”, o conhecido arquitecto de Santarém, Carlos Guedes de Amorim, esteve na segunda-feira, dia 3 de Fevereiro, na reunião camarária, para defender a construção de capelas mortuárias junto ao Cemitério dos Capuchos.
No período reservado à intervenção do público, Guedes de Amorim considerou que a localização escolhida para aquele equipamento, junto à capela de São Pedro, na zona da Portela das Padeiras, não é a mais indicada.
Em termos de comodidade para familiares e amigos e do próprio serviço, as Capelas Mortuárias devem estar próximas dos Cemitérios, e “não faz sentido” fazer cortejos fúnebres de cinco quilómetros quando “existem opções viáveis”, disse.
Por isso, na sua óptica, as novas Salas Mortuárias deveriam ser construídas junto do Cemitério dos Capuchos, num terreno que já é propriedade da autarquia: “para tanto, há que fazer-lhe um acesso capaz e também alargar, a sério, o actual espaço de estacionamento”, defendeu.
Para o arquitecto, esta seria a melhor forma de reabilitar “uma área degradada da cidade e dar melhores condições de habitabilidade aos poucos que ainda ali vivem”.
Por outro lado, Guedes de Amorim defende que, em termos de projecto de arquitectura, as novas Salas Mortuárias não devem ser espaços “fechados e soturnos, sem janelas”, mas sim permitir o “máximo de condições de tranquilidade e de recolhimento, condições essas que obrigam a uma articulação de espaços e não à concentração de tudo numa mesma sala”.
Nesse sentido, entregou à vereação, em formato digital, plantas de localização e projectos, pedindo que sejam avaliados.
Na resposta, o presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves revelou que já estão a ser negociados terrenos junto ao cemitério para instalar esse equipamento e para aumentar a área de estacionamento, até tendo em conta a entrada em funcionamento do crematório, actualmente em construção.