Lançar as bases de um arquivo da história das artes performativas no concelho e cidade de Santarém a partir da vida e obra de Carlos Alberto Oliveira, o ‘Chona’, que coincide indistintamente com grande parte da história do teatro amador e profissional, bem como com a multiplicidade das artes performativas no tecido cultural da região é a proposta da Associação Parasita que assim pega no projecto de investigação sobre o tema iniciado por Carlos Oliveira e que abrange os anos 1949 a 2021, período de vida de Carlos Oliveira, encenador, actor, dramaturgo, produtor e programador scalabitano, conhecido no meio artístico por ‘Chona’.
Segundo Sofia Lopes, da Associação Parasita, este projecto, terá lugar durante o biénio de 2023-2024, e intitular-se-á “Arquivo ‘Chona’: Teatro Amador e Profissional no Concelho de Santarém entre 1949 e 2021”.
De modo a acompanhar a investigação e futura constituição do arquivo, inicia-se este sábado, 22 de Abril, pelas 17h00, nos Paços do Concelho de Santarém, uma série de palestras e mesas redondas em volta de questões de teatro, história, memória e arquivo, a primeira das quais sobre políticas e práticas de arquivo no teatro e artes performativas em Portugal.
Para tal, estão convidados o Director-Geral das Artes, Américo Rodrigues, o Director do Museu Nacional do Teatro e da Dança, Nuno Moura, e a ex-directora do Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa, Maria João Brilhante, a par da moderação feita pela curadora e investigadora Ana Bigotte Vieira.
“Pretende-se com isto não só inaugurar publicamente a investigação conducente à constituição do arquivo, como também colocar em perspectiva e contexto o seu lugar e função, assim como o seu futuro”, informa Sofia Lopes, da Associação Parasita, em nota enviada ao ‘Correio do Ribatejo’.
Durante o biénio 2023-2024, através de uma parceria entre a Associação Parasita e a Câmara Municipal de Santarém, dar-se-á início à constituição de um arquivo dedicado à actividade teatral de Carlos Alberto Oliveira (1949-2021) que procurará tratar e domiciliar o seu espólio documental, bem como toda a documentação proveniente de fontes diversas, referentes a mais de cinco décadas (1964-2021) de encenação, interpretação, dramaturgia, formação, programação, produção e associativismo nas artes performativas em Santarém.