As Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo estão de regresso a Coruche até 19 de Agosto. Artistas como Nuno Ribeiro, Marisa Liz, José Cid, Os Quatro e Meia e Anjos vão animar o Palco Sorraia. Mas, para além disso, haverá dança, fanfarras e muitos outros concertos

no Palco Praça, no Parque do Sorraia. A este propósito, o Correio do Ribatejo falou com Francisco Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Coruche, que nos fala de umas Festas que “preservam a tradição”.

“Acredito que as festas irão gerar atractividade ao concelho e à região, promovendo a cultura identitária do ribatejo”, diz o autarca, rematando: “este é o momento esperado por todos”.

Como avalia a relevância das Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo para fortalecer a ligação dos munícipes à sua terra natal?

As Festas em Honra da Nossa Padroeira são o momento alto e o grande evento anual do concelho de Coruche. Proporcionam convívio e reencontro entre família, amigos e claro os nossos emigrantes, que nesta altura se dirigem até ao nosso concelho. É a oportunidade e o motivo que muitos encontram para revisitar a nossa terra.

De que forma estas festividades contribuem para preservar as tradições culturais e identidade histórica do concelho de Coruche?

As nossas festas preservam a tradição, nomeadamente através do Cortejo Histórico e Etnográfico em que representamos quadros e tradições relacionados com determinado tema. Este ano iremos abordar o “Tempo das Tradições”. Irão participar todas as freguesias, as nossas associações e colectividades num total de cerca de 1000 figurantes, fomentando a transmissão de conhecimento e vivencias intergerações. Também a tauromaquia, é identitária do nosso concelho, sendo que as tertúlias, grupos informais de amigos aficionados, também apresentam um importante contributo para as festas e para preservar o gosto pela aficion.

Quais são os principais eventos culturais e recreativos realizados durante as Festas, e como estes fomentam a participação activa da comunidade local?

A programação da festa é diversificada o que pressupõe a participação da população nas diversas actividades. Pretendemos que a programação cative diversos públicos. Temos um cartaz cultural composto por artistas de renome, contando também com os artistas locais e com o Festival de Folclore. Nuno Ribeiro, Marisa Liz, José Cid, Os Quatro e Meia, Anjos, Tucha, Ferro e Fogo, Kamandro, Ritmo da Noite II e RockToNight são os nomes que irão actuar nos dois palcos do recinto.

Para além da componente cultural, o grande fogo de artificio junto ao rio sorraia é sem dúvida um momento alto, factor de atracção para as milhares de pessoas que nos visitam no dia 14 de Agosto. Importa sempre salientar a Procissão em Honra de Nossa Senhora do Castelo, a nossa padroeira, dia 15 de Agosto, também um dos principais momentos da nossa festa, na componente religiosa.

A componente taurina, representativa da nossa tradição e identidade, marca toda a programação das festas, com a Corrida de Toiros na Monumental de Coruche, mas também as largadas de toiros nas ruas da vila e a já habitual tourada à corda realizada pelos pastores da ilha Terceira. Não esquecendo o Cortejo Histórico e Etnográfico, dia 17 de Agosto, feriado municipal.

Como é que a autarquia encara o papel das Festas na promoção do turismo regional e no incremento da economia local?

As festas são uma importante âncora económica para o concelho, mas também para a região, com o aumento significativo do número de visitantes. Esperamos milhares de pessoas, que certamente virão até à nossa restauração degustar pratos tradicionais, até ao comercio, ou até mesmo pernoitar por cá.

Acredito que as festas irão gerar atractividade ao concelho e à região, promovendo a cultura identitária do ribatejo.

Quais são as acções específicas em prol do empreendedorismo e da promoção de produtos regionais durante o período das Festas?

As festas promovem claramente os nossos produtos endógenos locais e regionais, com a forte presença nas tasquinhas do recinto as associações e restaurantes locais com pratos e gastronomia coruchense.

Também os artesãos estarão presentes com os seus trabalhos expostos em stands no recinto das festas, este ano na Praça da Água.

Como se encaram os desafios de equilibrar a tradição festiva com a modernização do evento, visando atrair públicos diversos e dinamizar a economia local?

Tentando adaptar o evento e o seu cartaz. Este ano, em que assumimos a componente cultural, acreditamos que já vai ser notória algumas dessas alterações, quer ao nível de número de visitantes, que consequentemente dinamizam a nossa economia, quer ao nível da organização e layout do recinto.

Há componentes que são tradição e que não podemos alterar, como é o caso do folclore, mas há outras que é possível. Este ano por exemplo a nossa banda filarmónica, Sociedade Instrução Coruchense, não irá actuar a seguir ao Fogo de Artificio, como já acontecia há muitos anos a esta parte, mas sim dia 18 de Agosto antes dos Quatro e Meia. No lugar da SIC teremos um grande concerto do artista Nuno Ribeiro. São pequenas adaptações que têm de ser realizadas e que permitem agradar e responder aos diferentes públicos.

Como tem sido a adesão dos cidadãos e visitantes às Festas ao longo dos anos, e quais são as estratégias para incentivar a participação crescente nesta celebração?

Felizmente, nunca sentimos falta de adesão. São sempre milhares os que vêm até à festa, claro que há actividades com mais publico do que outras, mas no global o balanço é extraordinário. É o momento esperado por todos.

O apoio à realização das Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo é considerado um investimento na promoção cultural e turística do concelho? Se sim, de que forma?

É fundamentalmente um apoio ao concelho, à nossa população e claro também um importante evento de promoção cultural, turística e económica. É o momento alto do nosso concelho e o principal evento.

Com um cartaz cultural diversificado promovemos a nossa cultura, tradição, com a componente taurina e o nosso Cortejo Histórico e Etnográfico, e promovemos os nossos artistas que têm sempre lugar na programação das festas.

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