O município de Santarém apelou ontem aos deputados eleitos pelo distrito para que apresentem um projecto de resolução conjunto que recomende ao Governo a inclusão do troço ferroviário Vale de Santarém-Entroncamento no Plano Nacional de Investimentos (PNI2030).

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), e o presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Neto (PS), reuniram-se com os nove deputados eleitos pelo distrito de Santarém (quatro do PS, três do PSD, um do PCP e uma do BE) para “demonstrar o seu desagrado e estupefacção pelo facto de vários projectos estruturantes para o concelho e para a região não estarem contemplados na última versão do PNI 2030”, afirma o autarca em comunicado.

Os autarcas desafiaram os deputados, “à semelhança do que já foi feito para as barreiras de Santarém”, a “apresentarem um projecto de resolução conjunto, a ser discutido em plenário da Assembleia da República, que defenda e recomende ao Governo a inclusão do troço Vale de Santarém-Entroncamento no PNI 2030”.

Entre os outros investimentos que esperavam ter sido contemplados no documento apresentado pelo Governo, os autarcas referem ainda “novas verbas” para o Plano Global de Estabilização das Encostas de Santarém, “uma nova saída da A1 no norte do concelho, a variante da Estrada Nacional 3 ao Vale de Santarém, a correcção do traçado da Estrada Nacional 362 para Alcanede e a conclusão do Itinerário Complementar 10”.

Os autarcas consideram particularmente “grave” o desaparecimento do troço da Linha do Norte entre Vale de Santarém e Entroncamento, com uma variante em Santarém, orçado em 300 milhões de euros, que esteve previsto na primeiro versão do PNI 2030 e que “era o único projecto que contemplava a área da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo”.

O comunicado refere o “perigo iminente motivado pela instabilidade das barreiras de Santarém, pelo facto de esta linha ter um elevado nível de ocupação da infra-estrutura (nível laranja) e pelas mortes que infelizmente aqui acontecem todos os anos e que muito contribuem para que a União Europeia tenha aberto um processo de infracção a Portugal por causa da segurança ferroviária”.

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