A presidente da Câmara de Benavente, Sónia Ferreira, anunciou a intenção de o concelho aderir à Associação de Municípios Portugueses do Cavalo (AMPC), considerando “incompreensível” que, com tantas coudelarias, não tenha estado na fundação da entidade.
“Assim que tomámos posse, sinalizei que gostaria de assumir esta intenção durante a Feira do Cavalo, na Golegã, um momento icónico de valorização do cavalo Lusitano”, afirmou a autarca, sublinhando que a proposta será levada à reunião de câmara na próxima semana e depois à assembleia municipal.
Segundo Sónia Ferreira, a adesão permitirá “valorizar o que já se faz bem” no concelho e criar condições para novos projetos ligados ao turismo equestre.
Entre as prioridades está o reforço do Samora Equestre, evento que promove a ligação de Samora Correia e do Ribatejo ao cavalo, à tauromaquia e às tradições rurais.
“A nossa intenção é tornar grandes os eventos que já temos e fazer deles uma referência no distrito e no país”, disse, acrescentando que a autarquia está em articulação com os organizadores para recuperar tradições e dar maior dimensão à iniciativa.
A adesão à AMPC “é um passo para dar maior visibilidade ao trabalho desenvolvido e criar novas oportunidades de promoção e valorização da atividade equestre”, concluiu.
Em comunicado, a Câmara de Benavente referiu que a região concentra dezenas de coudelarias, sobretudo nas freguesias de Samora Correia e Santo Estêvão, onde se desenvolve a criação do cavalo Lusitano e do Sorraia, “raças consideradas símbolos da identidade nacional.”
“A qualidade dos cavalos produzidos em Samora Correia, Santo Estêvão e Benavente atrai criadores dos quatro cantos do mundo, elevando o prestígio internacional do nosso concelho”, lê-se no comunicado.
A nota destaca ainda o papel da Companhia das Lezírias, com sede em Samora Correia, como “pilar da identidade rural e equestre do concelho e do país”, cuja preservação considera estratégica para o futuro do setor.
