A bênção de uma imagem réplica da Virgem Peregrina de Fátima com destino à catedral de Lviv, na Ucrânia, será um dos últimos momentos da peregrinação de Maio ao santuário da Cova da Iria, que hoje termina.
Depois de uma noite de vigília, uma procissão eucarística no recinto de oração está agenda para as 07:00, seguindo-se o rosário, às 09:00, na Capelinha das Aparições, e eucaristia, a partir das 10:00, no altar do recinto.
O rosário e a eucaristia serão presididas pelo arcebispo Edgar Peña Parra, substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado do Vaticano, que na noite de sexta-feira a situação de guerra na Ucrânia, lamentando que, “no banquete da humanidade” falte “o vinho da fraternidade e da paz”.
Na homilia da Celebração da Palavra, no primeiro dia da peregrinação aniversária ao Santuário de Fátima, o prelado reconheceu que, no mundo atual, “os egoísmos e os rancores explodem com frequência, como, neste (…) tempo, na violência atroz e bárbara da guerra, onde não há, nem vencedores, nem vencidos, mas apenas lágrimas”.
Esta é a primeira grande peregrinação sem as restrições impostas nos últimos dois anos pela pandemia de covid-19.
Milhares de peregrinos de norte a sul do país fizeram o caminho a pé até à Cova da Iria, com as autoridades a admitirem uma afluência “próxima da habitual em anos pré-pandemia”. Segundo os serviços do Santuário de Fátima, na procissão das velas, na noite de quinta-feira, terão estado no recinto cerca de 200 mil peregrinos.
O programa do primeiro dia de peregrinação sofreu algumas alterações face ao que era habitual antes da pandemia, com a eucaristia a ser substituída pela celebração da Palavra e a ser suprimida a sessão de acolhimento na Capelinha das Aparições, que, tradicionalmente, ao fim da tarde, marcava o início oficial das cerimónias.