A vida e obra de Bernardo Santareno, nome maior da dramaturgia nacional, está hoje a ser evocada na Sala de Leitura que lhe herdou o nome na cidade de Santarém.

Para esta sessão foram convidados para proceder à “evocação histórica”, Joaquim Martinho da Silva, seu primo, e Vicente Batalha, amigo e ex-presidente do Instituto Bernardo Santareno

Na ocasião, foi ainda feita a primeira pré-apresentação do livro sobre o seu centenário, que passará em 2020, a cargo do investigador e historiador José Miguel Noras.

António Martinho do Rosário nasce na freguesia de Marvila, em Santarém, em 19 de Novembro de 1920. Filho de Joaquim Martinho do Rosário e de Maria Ventura Lavareda do Rosário;

licenciou-se em Medicina, pela Universidade de Coimbra, em 1950. É considerado o maior dramaturgo português do século XX, com o pseudónimo literário de Bernardo Santareno.

O médico psiquiatra e dramaturgo legou-nos uma vasta produção teatral, tendo iniciado a sua carreira em 1957. A paixão pelo teatro manifesta-se, desde cedo; no seu tempo de adolescente, Bernardo Santareno encenava pequenas peças de teatro, estreando no “palco” os familiares e a vizinhança. Não são raras as vezes que encena estas peças na aldeia de Espinheiro, localidade pertencente ao concelho de Alcanena, onde radica a raiz familiar paterna.

A maior parte dos trabalhos de Bernardo Santareno foi censurada pela ditadura salazarista. As peças que não estavam proibidas pela censura eram representadas com intervalos de cerca de dez anos, após a sua publicação. Desanimado com esta realidade, em Março de 1974, Bernardo Santareno termina o manuscrito da sua 14ª obra literária, aquela que refere ser a sua última peça: “Português, Escritor, 45 Anos de Idade”.

*Notícia desenvolvida na Edição de 07 de Dezembro

Leia também...

Mural do II PICTORIN evoca memórias da cidade

A pintora escalabitana, Fernanda Narciso já terminou o mural na fachada de um edifício devoluto do centro histórico de Santarém, no cruzamento da Rua…

Exposição “A Graça da Desgraça” sobre Mário Viegas até dezembro em Almada

Dezanove fotografias de parede e um teatro de papelão construído por Mário Viegas em criança figuram na exposição “A Graça da Desgraça” sobre o…

Revista “Monumentos” celebra o 25.º aniversário em Tomar

O n.º 37 da revista “Monumentos”, recém-publicado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), é apresentado na terça-feira, às 17h00, na Sala do Noviciado do…

Mais de 300 pessoas enchem Cineteatro da Chamusca na homenagem a José Cid

Mais de 300 pessoas marcaram presença e encheram o Cineteatro da Chamusca na homenagem colectiva prestada a José Cid, que se realizou no dia…