A Câmara de Ourém aprovou um plano para poupar energia com um conjunto de medidas para serem aplicadas nos serviços municipais, mas também diversas recomendações para entidades externas e população, anunciou a autarquia.

Segundo informação enviada à agência Lusa, o Plano de Poupança de Energia 2022-2023 contempla um “conjunto alargado de medidas de redução do consumo energético através de medidas de ajuste do horário da iluminação pública”, assim como em rotundas das cidades de Ourém e Fátima, e no Parque da Cidade António Teixeira e Jardim Municipal Le Plessis-Trévise (na sede do concelho), além de outros edifícios sob gestão municipal.

“De 06 de Dezembro de 2022 a 06 de Janeiro de 2023, serão também ajustados os períodos de utilização da iluminação natalícia para o horário entre as 18h00 e as 24h00”, adiantou a autarquia.

O plano inclui “medidas de redução do consumo energético em piscinas e complexos desportivos”, com “medidas de regulação da temperatura da água das piscinas e diminuição na temperatura de aquecimento ambiente, assim como a regulação do caudal das torneiras e chuveiros para assegurar as necessidades sem desperdício de água”.

O documento também prevê “um conjunto de acções com investimento que passam pela substituição da iluminação interior por tecnologia LED em edifícios e estruturas municipais, bem como a implementação de sistemas de gestão para racionalização de consumos em edifícios da esfera municipal”.

No Plano de Poupança de Energia 2022-2023 constam recomendações a entidades externas e munícipes que passam por “desligar a iluminação de faixas, lonas e estandartes publicitários e cartazes na via publica e edifícios a partir das 22h00 no período de inverno e a partir das 23h00 no período de verão”.

É igualmente sugerido que se desligue a “iluminação de montras e similares após o encerramento do estabelecimento” e a “iluminação interior sempre que o espaço não esteja em uso e após o horário de trabalho”.

O presidente do Município de Ourém, Luís Albuquerque, disse que o documento, aprovado em reunião do executivo na segunda-feira, já está em vigor.

“Há questões que dependem diretamente de nós e conseguimos que elas entrem de imediato em vigor”, afirmou, explicando que o documento tem duas partes, uma que “tem a ver com poupanças imediatas, contabilizadas em cerca de 125 mil euros”, e outra que depende de investimento, como a colocação de painéis solares, pelo que a sua aplicação “vai demorar mais tempo” devido à necessidade de contratações.

Luís Albuquerque referiu que a escala dos preços da energia representou este ano “um acréscimo de custos de mais de um milhão de euros”.

“Só por aí dá para ver o peso que a energia tem nas contas da Câmara Municipal”, realçou.

Quanto à iluminação pública, o Município “pagava cerca de 1,2 milhões de euros”, sendo que as estimativas apontam agora “para dois milhões”.

O autarca lembrou que estão em curso obras nas piscinas municipais no âmbito da eficiência energética, estando “outros procedimentos em curso”, como a colocação de lâmpadas LED na iluminação pública, para ver se o Município consegue “poupar ainda mais do que está previsto neste plano”.

Quanto às sugestões dirigidas a empresários e população, o presidente da Câmara de Ourém frisou que “o esforço que tem de ser feito para poupar energia”, devido ao seu preço e escassez, “tem de ser assumido por todos”, para se “ultrapassar este momento mais difícil”.

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