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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) acusa a Câmara de Tomar de abrir o mercado municipal “de forma ilegal” em dia de greve, o que o município rejeita, negando falhas de segurança.

Num comunicado, o STAL acusou a autarquia, de na sexta-feira passada ter substituído ilegalmente trabalhadores do mercado que estavam em greve por um aposentado, violando o Código do Trabalho e colocando em risco a segurança dos utentes e comerciantes.

“O STAL repudia veementemente a atitude do executivo camarário, cuja vereadora responsável pelo mercado municipal, num autêntico atropelo à Constituição e ao Código de Trabalho, substituiu trabalhadores em greve por um aposentado e abriu o equipamento ao público, violando as normas de segurança vigentes”, acusou o sindicato.

De acordo com a estrutura, três trabalhadores do mercado aderiram à greve.

“Por volta das 06:20, o equipamento foi aberto pela vereadora que tutela o pelouro, acompanhada por um antigo trabalhador, aposentado há alguns meses”, relatou o STAL.

Por sua vez, a Câmara Municipal de Tomar, num comunicado emitido hoje, negou as acusações e defendeu que a abertura do equipamento visou proteger os interesses dos vendedores e das suas famílias, “para os quais uma simples sexta-feira, o dia mais forte da semana, pode simplificar o prejuízo do mês.”

“Agindo na defesa dos interesses dessas dezenas de pessoas e suas famílias, o que o presidente da câmara e a vereadora responsável fizeram foi tão-somente garantir, enquanto responsáveis pelas instalações […], que as portas fossem abertas e os vendedores pudessem assim trabalhar”, referiu.

Segundo a autarquia, os funcionários em greve não tinham responsabilidades diretas na abertura do mercado ou na segurança dos utentes.

“Nenhum trabalhador foi substituído nem ninguém foi colocado em risco, até porque, dos dois assistentes operacionais e um assistente técnico afetos a este serviço que fizeram greve, nenhum tem como missão específica abrir ou fechar alguma porta, como não tem responsabilidades na segurança”, explicou.

O município sublinhou ainda que a adesão à greve foi de cerca de 12%, defendendo que seria “irresponsável” que a ausência de três pessoas “pudesse colocar em causa” o serviço do mercado municipal.

A greve dos trabalhadores da administração local da passada sexta-feira, convocada pelo STAL, afetou escolas, recolha de lixo, bibliotecas e museus, entre outros serviços municipais no continente.

A presidente da estrutura representativa, Cristina Torres, disse então que a paralisação foi marcada para permitir que os trabalhadores participassem numa manifestação em Lisboa para reivindicar melhores condições salariais, estando a afetar alguns serviços em vários distritos.

O protesto pelas ruas da capital reuniu, segundo dados da PSP indicados à organização, mais de duas mil pessoas.

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