Foto: Joana Linda
Foto: Joana Linda

O programa cultural “Caminhos do Médio Tejo” proporcionou este ano mais de 160 espectáculos gratuitos na região, que foram vistos por cerca de 18 mil pessoas, divulgou hoje a organização.

Num balanço do programa, que se distribui por três momentos ao longo do ano (Primavera, Verão e Outono), num total de 20 dias de programação nos vários concelhos da região, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) realça a “consolidação do projecto (…), tanto junto dos agentes culturais locais, como junto do público que reconhece a qualidade da programação, aderindo cada vez mais às propostas apresentadas”.

Com um aumento de “quase 20%” na adesão – reflectida na presença de 18 mil espectadores nas 164 actuações de 57 artistas e/ou projectos culturais contemporâneos proporcionadas na edição deste ano -, a CIMT acredita que a “tendência de crescimento” se irá manter, “uma vez que a notoriedade do projecto é cada vez maior”.

Numa nota de balanço da edição deste ano, a CIMT sublinha a “importância da programação contemporânea para a criação e formação de novos públicos e atracção de visitantes”, bem como da “dinamização cultural criada no território para a valorização dos bens patrimoniais”.

Destaca ainda a “experiência de quem visita” e a “geração de dinâmicas criativas de encontro entre artistas, comunidade e público, com o notório sucesso dos projectos desenvolvidos para e com o território, como é o caso dos percursos artísticos e os projectos de comunidade desenvolvidos em 2018”.

O programa inclui três ciclos de programação anuais, o primeiro, em Abril, designado “Caminhos do Ferro” (abrangendo os concelhos atravessados pela via férrea), o segundo, “Caminhos da Água”, em Julho (com os rios em destaque), e o terceiro, dedicado às vias rodoviárias, “Caminhos da Pedra”, em Outubro.

Segundo Miguel Pombeiro, secretário executivo da CIMT, o projecto “surge num contexto de vontade e coesão interna”, envolvendo os 13 municípios que integram esta comunidade (a maioria do distrito de Santarém, mas também do de Castelo Branco), procurando “reforçar a intervenção no domínio da cultura de um modo mais equilibrado e transversal, tirando partido dos recursos territoriais (patrimoniais e naturais) e da acessibilidade da região”.

Iniciado em 2017, o programa conta com um financiamento comunitário global da ordem dos 750 mil euros para três anos, sendo a componente nacional assumida pelos municípios onde decorrem os eventos.

Para Miguel Pombeiro, faz sentido “continuar a apostar na qualificação do tecido cultural existente e numa estratégia de cooperação, com vista à valorização partilhada de recursos, potencialidades e conhecimento que permitam melhorar a oferta cultural da região, formar públicos, consolidar a massa crítica e criativa e promover o Médio Tejo como destino de excelência para o turismo cultural”.

O programa tem por base a ideia “de um percurso para um destino (mais direccionado a quem visita), mas também na ideia de um processo de crescimento e aprendizagem (aqui mais direccionado à região e aos seus agentes)”.

“Com o objectivo de reforçar a singularidade deste território e permitir uma descentralização da oferta cultural entre os destinos mais óbvios e os que estão menos explorados, pretende projectar o património numa abordagem contemporânea e de modernidade, ultrapassando propostas centradas unicamente nos valores da história e do passado e reduzindo também assimetrias regionais”, acrescenta.

A CIMT integra os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, do distrito de Santarém, e Sertã e Vila de Rei, do distrito de Castelo Branco.

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