A Câmara do Cartaxo está a construir um parque de estacionamento para veículos pesados na Lapa, com o objetivo de retirar da cidade cerca de 900 camiões que atravessam diariamente zonas urbanas, disse hoje à Lusa o presidente.
João Heitor explicou que o projeto, dividido em duas fases, prevê inicialmente um espaço “ordenado e com condições adequadas”, incluindo marcações, entradas e saídas, e, numa segunda fase, áreas de apoio aos motoristas, como balneários, zona de refeições e videovigilância.
“O objetivo é reduzir o trânsito de pesados dentro da cidade, onde não faz sentido passarem mais de 900 veículos por dia, sobretudo em zonas com escolas, centro de saúde e esquadra da polícia”, afirmou o autarca, referindo ainda que se trata de um investimento global próximo dos 880 mil euros.
O parque, com acessos à zona industrial, terá também estacionamento para ligeiros, permitindo aos motoristas deixar o camião e seguir para casa com o seu veículo pessoal.
A obra, financiada pelo orçamento municipal, representa um investimento de cerca de 580 mil euros na primeira fase e 300 mil na segunda, e deve estar concluída até Março de 2026.
“O parque vai permitir criar condições adequadas para os pesados, com organização, dimensões corretas e ângulos de manobra, algo que não existia no espaço improvisado que ocupavam no centro da cidade”, afirmou João Heitor, sublinhando que o local onde os camiões estavam será ocupado pelo novo centro de saúde.
O autarca adiantou que o modelo de gestão do parque poderá evoluir para incluir vigilância humana, caso haja interesse dos motoristas, garantindo maior segurança. “Alguns já manifestaram disponibilidade para pagar por um parque vigiado”, referiu.
O parque ficará junto à zona industrial e terá acessos melhorados para quem vem da variante, beneficiando também as empresas já instaladas.
“A integração com a zona industrial é fundamental e vamos melhorar os acessos, o que traz vantagens para a mobilidade e para a segurança”, sublinhou o líder do executivo municipal.
O responsável reiterou ainda que com este investimento a Câmara pretende melhorar a mobilidade, reduzir riscos em zonas urbanas e oferecer melhores condições aos profissionais do transporte rodoviário.
“É uma solução que responde a uma necessidade evidente e que vai trazer benefícios para toda a comunidade”, concluiu João Heitor.
