A Associação Casa dos Beirões no Ribatejo (ACBR) assinalou, no passado domingo, dia 13 de Outubro, o seu 19.º Aniversário, no complexo Turístico Quinta das Acácias – Gato Preto, em Rio Maior.

Com perto de 700 famílias associadas, com ligações à região das Beiras e a residir no Ribatejo, esta associação tem em curso as obras de construção do seu Complexo Social, sendo a conclusão desta fase das obras o principal objectivo da actual direcção.

Este espaço pretende ser uma resposta social com espaço livre, “fora de quatro paredes”, e irá ter a funcionar a valência de Centro de Dia e Apoio Domiciliário, num edifício com 1100 m2, equipado com refeitório, sala de bem-estar, ginásio para fisioterapia e outros equipamentos, onde funcionará também a sede da associação.

Situado na Rua do Moderno, Quinta do Pereiro – Graínho, Santarém, este Complexo Social é, segundo o presidente da direcção da ACBR, Dionísio Abreu, “um sonho antigo de um grupo de Beirões que se sedeou em Santarém e que agora quer pensar nos outros e ser solidário”.

“Esta direcção tem trabalhado arduamente para que esta obra seja feita, com muito suor”, referiu, dizendo que se trata de uma “prova cabal da competência da actual direcção da associação”.

Para a construção do Centro de Dia, a associação contou e continua a contar apenas com os donativos dos seus sócios, uma vez que o financiamento comunitário não está disponível para construções novas, apenas para obras já existentes.

“Este projecto só será possível de concretizar com a ajuda de todos”, refere Dionísio Abreu, acreditando que esta primeira fase poderá estar em funcionamento já no próximo ano.

“Peço, por isso, que todos dêem as mãos para que este edifício se erga, para que todos possamos ver este sonho realizado”, apelou Dionísio Abreu.
Para edificação deste empreendimento, a Câmara Municipal de Santarém (CMS) cedeu um terreno com uma área de 5.812 m2, por um período de 50 anos com renovação de cinco em cinco anos.

“De início, o objectivo era comprar um espaço para criar a sede da associação, contudo, surgiu a preocupação social e foi feito o pedido à CMS, que cedeu o terreno para a obra social, com o compromisso de num prazo de cinco anos a obra iniciar e de estar concluída em 12”, contou ao nosso jornal.

Como urgia cumprir esses prazos, a obra iniciou com o dinheiro dos sócios, conseguido com as quotizações e donativos, bem como através de alguns eventos culturais.

“Conseguiram-se 250 mil euros e a obra arrancou. Está em andamento e para cobrir as despesas do que ainda falta construir, a associação espera continuar a contar com o apoio dos sócios e com a sua colaboração, pois a obra é de todos e que todos a têm de ver como sua”, acrescenta Dionísio Abreu.

No futuro, está projectado um Lar com mais mil m2, ficando ainda assim com uma área exterior de cerca de 300 m2 para actividades com os utentes.

Para a futura obra do Lar de Idosos, refere o responsável, já será possível concorrer a fundos comunitários, o que levou o projecto inicial a ser alterado para contemplar nesta fase inicial apenas o Centro de Dia, pois de início “esperavam-se financiamentos europeus na ordem dos 85 por cento, o que não aconteceu devido à mudança das condições”.

Este Complexo Social estará ao dispor dos sócios da ACBR e os utentes da valência de Centro de Dia terão uma comparticipação por parte da Segurança Social, mas ainda assim, para fazer face às despesas, estima-se que a média de mensalidade para um utente ronde os 700 euros, para cobrir todas as despesas que as condições do espaço e do serviço propõem.

A Casa dos Beirões no Ribatejo nasceu em 3 de Outubro de 2000, com o objectivo juntar todos os que, com origem nas beiras ou com laços afectivos às beiras, e residindo essencialmente no Ribatejo, pudessem confraternizar manter vivos os laços afectivos com as suas terras ou com as terras de origem, dos seus ascendentes.

Além deste grande objectivo de colocar de pé o Complexo Social, a associação tem desenvolvido ao longo destes 19 anos de existência várias actividades culturais. Neste momento estão menos activos nessa vertente, pois todos os esforços se focam na obra, mas têm levado a cabo intercâmbios entre grupos musicais do Ribatejo com grupos dos 84 municípios das Beiras, ora trazendo a Santarém grupos provenientes dessa região, ora levando às Beiras grupos ribatejanos. Uma actividade que será retomada após a existência do complexo, pois o mesmo está preparado para tais actividades culturais. Nestas actividades, a ACBR tem contado com o apoio das autarquias dos municípios das Beiras e da Câmara Municipal de Santarém, “um apoio sempre necessário”, como afirma Dionísio Abreu de Campos.

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