Os resultados definitivos dos Censos 2021, divulgados hoje, confirmam que Benavente é o único município do distrito de Santarém que aumentou a população residente na última década, com os restantes a sofrerem decréscimos, incluindo Santarém, o concelho mais populoso.
Os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, dos 21 municípios do distrito de Santarém, apenas Benavente registou uma subida da população residente, passando de 29.019 para 29.709 habitantes entre 2011 e 2021, o que corresponde a mais 690 residentes e a uma variação de 2,4%.
Os dados definitivos dos Censos 2021 apresentam ligeiras variações em relação aos dados provisórios divulgados no final de julho de 2021, revelando um ligeiro abaixamento em relação aos números então divulgados, o que agrava a tendência generalizada para a perda de população em todo o distrito, à exceção de Benavente, situado no extremo sul, na proximidade da Área Metropolitana de Lisboa.
Os restantes 20 concelhos do distrito de Santarém registaram perda de população residente na última década, com o maior decréscimo percentual a verificar-se na Chamusca, em que o número de habitantes caiu de 10.120, em 2011, para 8.530, em 2021, ou seja, menos 1.590 residentes e uma variação de -15,7%.
O concelho de Santarém, capital do distrito, perdeu 3.090 residentes na última década, passando de 61.752 para 58.662 habitantes entre 2011 e 2021, com uma variação de -5%, continuando a ser o mais populoso do distrito.
O município com menos população residente no distrito de Santarém continua a ser o Sardoal, que passou de 3.939 para 3.513 habitantes na última década (-10,8%), indicam os dados divulgados pelo INE.
Além da Chamusca, entre os municípios com maior decréscimo populacional destacam-se Coruche, que passou de 19.944 para 17.355 habitantes entre 2011 e 2021, o que representa menos 2.589 residentes e uma variação de -13%, Abrantes, em que o número de habitantes caiu de 39.325 para 34.329 (-12,7%), e Mação, que registou uma descida de 7.338 para 6.402 (-12,8%).
De acordo com os dados do INE, na última década, Tomar registou a perda de 4.233 residentes, com uma diminuição de 40.677 para 36.413 (-10,5%), Alcanena teve uma descida de 13.868 para 12.472 residentes (-10,1%), Ferreira do Zêzere perdeu 819 habitantes, com um decréscimo de 8.619 para 7.800 (-9,5%) e Alpiarça verificou uma quebra de 7.702 para 6.975 residentes (-9,4%).
Com uma variação da população residente superior a -5% entre 2011 e 2021 estão ainda Golegã (que passou de 5.913 residentes para 5.400, -8,7%,), Torres Novas (de 36.717 para 34.111, -7,1%), Constância (de 4.056 para 3.798, -6,4%), Almeirim (de 23.376 para 22.012, -5,8%) e Cartaxo (de 24.462 para 23.186, -5,2%).
Com decréscimos inferiores encontram-se Vila Nova da Barquinha (de 7.322 para 7.106, -3%), Ourém (de 45.932 para 44.538, -3%), Salvaterra de Magos (de 22.159 para 21.607, -2,5%), Rio Maior (de 21.192 para 21.004, -0,9%) e Entroncamento (de 20.206 para 20.141, -0,3%).
No total, o distrito de Santarém viu diminuir a sua população em 28.665 indivíduos, ao passar dos 453.638 residentes em 2011 para os 424.973 em 2021 (-6,3%).
De acordo com as conclusões dos Censos de 2021, Portugal perdeu 2,1% da população entre 2011 e 2021, para 10.343.066 no dia 19 de abril de 2021, invertendo a tendência de crescimento registada nas últimas décadas.
A densidade populacional do país é de 112,2 habitantes por quilómetro quadrado (km2), mas acentuaram-se “os desequilíbrios na distribuição da população pelo território”, com “um notório contraste entre os municípios localizados na faixa litoral do continente e os localizados no interior”, destaca o INE.