Os concelhos da Chamusca e Coruche passaram a integrar a rede nacional de Espaços de Teletrabalho ou Coworking no interior que totaliza 88 municípios, a partir de 30 de Junho, e foi alargada aos trabalhadores com vínculo de emprego público.

Em comunicado, o Ministério da Coesão Territorial adianta que este programa entrou na 2.ª fase, com o alargamento do número de municípios e com a abertura de portas aos funcionários públicos, cuja portaria com o valor da compensação financeira foi já publicada em Diário da República.

Segundo a nota, a medida de alargamento do acesso aos funcionários públicos, sem quaisquer custos acrescidos para os órgãos ou serviços a que pertencem, insere-se no programa de incentivos à fixação de trabalhadores do Estado no Interior, previsto no Decreto-Lei n.º 40/2020, de 17 de Julho.

Com este alargamento, que foi assinalado com a assinatura dos protocolos de adesão e dos acordos de cooperação, a Rede Nacional passa a integrar um total de 88 municípios.

“Os Espaços de Teletrabalho e Coworking são disponibilizados pelas autarquias, devidamente equipados com computadores, impressoras e acesso à Internet, sendo divididos em áreas de diferentes tipologias que contemplam zonas privadas para videochamadas, áreas para reuniões e locais para a realização de apresentações ou acções de formação”, segundo a nota.

Segundo o Ministério, as Câmaras Municipais são responsáveis pela divulgação dos espaços através das respectivas páginas e redes sociais, permitindo a realização de visitas virtuais por parte de eventuais interessados, bem como toda a informação relativa às características do espaço, condições de utilização, calendário anual, horário de utilização e custo associado.

Os trabalhadores com vínculo de emprego público das carreiras gerais que integrem este programa irão receber uma compensação pecuniária de 4,77 euros por dia, segundo a portaria que determina o valor da compensação pecuniária do Programa de Incentivos à Fixação de Trabalhadores do Estado no Interior.

“Este incentivo é devido enquanto perdurem as condições de trabalho que determinaram a sua atribuição e, no máximo, durante três anos”, é referido.

Em Abril, o Governo criou uma rede de espaços de teletrabalho ou coworking no Interior, tendo a primeira fase da rede nacional de espaços sido lançada pelos ministérios da Coesão Territorial e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, ao qual se junta agora o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública.

O Governo também lançou, em Agosto de 2020, o programa “Emprego Interior MAIS”, que atribui um apoio inicial de até 4.827 euros para os trabalhadores que decidam mudar-se para os territórios do Interior.

Até ao momento foram apresentadas 460 candidaturas, relativas a um total de mais de 820 pessoas (incluindo candidatos e respectivos elementos do agregado familiar).

As candidaturas para este programa continuam abertas no Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) e destinam-se a trabalhadores desempregados ou empregados à procura de novo emprego. Está também abrangida a criação do próprio emprego.

A maior parte dos processos apoiados são de pessoas que se mudaram da região de Lisboa para a região Centro (23% do total) e 28% das candidaturas aprovadas são de pessoas que criaram o seu próprio emprego.

Através das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), o Governo está comprometido em apoiar a contratação e mobilidade de trabalhadores e comparticipar a adaptação física dos Espaços de Teletrabalho, bem como a aquisição de mobiliário e equipamento informático.

A assinatura dos Protocolos de Adesão do MMEAP e dos Acordos de Cooperação com 31 novos municípios decorreu em Lisboa, com a presença das ministras da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

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