Foto Ilustrativa
Foto Ilustrativa

Micro e pequenas empresas da sub-região Médio Tejo podem candidatar-se, até 16 de dezembro, ao Sistema de Incentivos de Base Territorial, que conta com uma dotação orçamental do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) de 2,5 milhões de euros.

A informação foi avançada hoje pelo presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo, Manuel Jorge Valamatos.

De acordo com Manuel Jorge Valamatos, o Sistema de Incentivos de Base Territorial pretende apoiar financeiramente a criação, expansão e modernização de micro e pequenas empresas, sobretudo nos setores da indústria transformadora e do turismo.

“É um primeiro de muitos apontamentos que nós queremos criar e construir com a CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] Centro e com os fundos comunitários para criar as melhores condições para que as nossas empresas possam concorrer a estes fundos que estarão disponíveis”, disse à Lusa o presidente da CIM Médio Tejo, com sede em Tomar, no distrito de Santarém.

Segundo o responsável, o objetivo é que essas empresas possam “capacitar, melhorar, inovar e valorizar”, não só na área industrial, mas também na área do turismo.

A dotação orçamental indicativa do FEDER é de 2,5 ME [2.517.807,94 euros], com taxas de financiamento de 50% para “territórios do interior” e de “baixa densidade” (caso de algumas freguesias de Ourém e de Tomar e dos municípios de Abrantes, Constância, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal e Vila Nova da Barquinha) e de 40% para projetos direcionados para os “restantes territórios” do Médio Tejo (Alcanena, Entroncamento, Ourém, Tomar, Torres Novas).

Uma das condições de financiamento assenta na necessidade da candidatura estar alinhada com a Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial (EIDT) do Médio Tejo, podendo concorrer micro empresas, pequenas empresas e empresários em nome individual.

“Este é um primeiro momento de apoios financeiros que vão estar disponíveis para as empresas da nossa região e queremos que este seja um primeiro de muitos momentos em que possamos, digamos, criar condições de financiamentos europeus capazes de alavancar o nosso tecido empresarial, industrial, turístico e outras áreas que desejamos vir a ver fortalecer para um maior dinamismo económico e maior competitividade do território”, frisou Valamatos.

O representante dos 11 municípios da CIM Médio Tejo, que também preside à Câmara de Abrantes, disse ainda que esta será uma “oportunidade com uma definição muito específica de financiamento para micro e para pequenas empresas, mais na área industrial, nas metalomecânicas, e também no turismo”, em oportunidade de apoio que quer alargar.

“Queremos, obviamente, alargar e ver, num futuro próximo, e já também a partir do início do ano 2025, noutros modelos e noutras dimensões de financiamento europeu que possa aparecer essa possibilidade de as nossas empresas encontrarem bons mecanismos de financiamento para alavancar o seu dinamismo económico e empresarial”, afirmou.

Por outro lado, Manuel Valamatos defendeu a importância de uma fácil interpretação dos processos para facilitação e agilização das candidaturas.

“Espero, e desejamos todos, que a linguagem de interpretação destes fundos comunitários, destes programas de financiamento, seja acessível a todos, que tenham uma linguagem fácil, e que tenha sobretudo a capacidade de todos e qualquer um se poder candidatar e com isto receber apoios comunitários capazes de melhorar, de valorizar, de enriquecer a sua competitividade no território”, notou.

São consideradas operações com uma despesa elegível entre os 40 mil e os 300 mil euros, com uma taxa de financiamento a 50% para os investimentos localizados em territórios de baixa densidade e a 40% para os investimentos nos restantes territórios.

A CIM do Médio Tejo, enquanto organismo intermédio, será responsável pela análise e seleção das candidaturas, que depois serão apreciadas pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional Centro 2030.

Leia também...

Aurélio Lopes: “O Ribatejo foi traído por aqueles que tinham mais obrigação de o defender”

O Governo lançou em 2016 o primeiro Orçamento Participativo Português (OPP). Na…

Projecto Ginestal a Dançar traz dança e música ao Campo Infante da Câmara

A iniciativa “Ginestal a Dançar | Escola Activa” juntou, na manhã de…

Cineteatro Municipal de Constância recebe exposição “Retrospectiva” de Eduardo Nunes

Foi hoje inaugurada na sala polivalente do Cineteatro Municipal de Constância, uma…
Foto ilustrativa

Fogo em Ourém está a evoluir favoravelmente 

O incêndio que deflagrou este domingo em Ourém está a evoluir favoravelmente,…