A circulação na centenária ponte sobre o Tejo, que liga a Chamusca à Golegã, no distrito de Santarém, será feita a partir de hoje de modo alternado e regulado por semáforos, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP).
Em comunicado, a IP dá conta que a medida entrou hoje em vigor, depois de concluídos os testes aos semáforos instalados na Ponte João Joaquim Isidro dos Reis, também denominada Ponte da Chamusca, “de modo à regulação do tráfego na travessia da ponte com implementação de circulação alternada”.
Durante o período dos testes, realizados entre os dias 30 de Março e 01 de Abril, a IP refere que foi “analisado o comportamento dos fluxos de tráfego, observando as suas variações ao longo do dia”.
Procedeu-se depois à “programação optimizada do dispositivo, de modo a reduzir os tempos de espera em cada um dos sentidos” de circulação, indicou a IP.
Aquela travessia, que data de 1909, tem gerado muitos problemas na fluidez de circulação, não tendo o tabuleiro dimensão e largura suficiente para que dois camiões possam cruzar-se ali em simultâneo, originando períodos de grandes constrangimentos na circulação rodoviária.
Agora, afirma a IP, “prevê-se garantir uma maior fluidez do tráfego ao longo do dia, sendo mantida a circulação alternada por recurso ao sistema semafórico” ali instalado.
Desta forma, acrescenta, “pretende-se assegurar a travessia da ponte em segurança e sem os constrangimentos provocados pelo entrecruzamento de veículos pesados”.
Na mesma nota informativa, a IP refere que esta intervenção “foi desenvolvida em estreita colaboração com as autarquias da Chamusca, Golegã e Alpiarça” e com o apoio da Protecção Civil e da Guarda Nacional Republicana.
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do Distrito de Santarém (MUSPDS) tem reivindicado ao governo a construção de uma nova travessia na Chamusca, tendo lançado uma petição que invoca a construção de uma ponte alternativa e a conclusão do troço do IC3, ligando a A13, no concelho de Almeirim, à A23 e à A13, e em Vila Nova da Barquinha, que ligue as margens do Tejo nos concelhos da Chamusca e da Golegã.
“Hoje, aquela infraestrutura e acessos não correspondem às necessidades de mobilidade das populações e às actividades económicas dos concelhos limítrofes (Chamusca, Golegã, Torres Novas, Entroncamento) e do distrito de Santarém”, lê-se na petição.