Né Barros e João Martinho Moura apresentam o espectáculo Co:Lateral, com interpretação de Sónia Cunha, no próximo sábado, dia 7 de Dezembro, pelas 21h30, no Teatro Sá da Bandeira.
O espectáculo Co:Lateral foi desenvolvido a partir do projecto performativo ‘Nuve’ onde se explorava a relação entre a dança e as artes digitais. Inicialmente apresentado em 2010, este solo interpretado por Né Barros, deu origem a diversas publicações nacionais e internacionais.
Ali, o corpo projectava-se e estendia-se numa relação de intimidade com a realidade virtual interactiva. O discurso performativo resultante desta ligação, apela a um momento extraordinário, a um momento poético feito de espaço e corpo, feito de mistura de realidades, feito de duplos e de imagens.
Este projecto tem ainda a particularidade de se apresentar sob um formato mutável em que pode variar em cada apresentação. A última versão evoca momentos da morte do cisne (lago dos Cisnes) imerso num espaço imaterial de luz e projecção: um fantasma do arquivo da dança voltasse agora para se testar numa realidade de aprisionamento ilusório.
Né Barros, coreógrafa e investigadora, ao longo da sua carreira tem desenvolvido em ligação os seus trabalhos artísticos com os científicos. Artisticamente, iniciou a sua formação em dança clássica e mais tarde trabalha dança contemporânea e composição coreográfica, nos Estados Unidos, Smith College. Tem colaborado com diversos artistas plásticos, fotógrafos, músicos, encenadores, artistas multimédia. Como formadora tem colaborado com diversas instituições e é professora na ESAP. Autora do livro Da Materialidade na dança, Co-editora de Artes Performativas: Novos Discursos, Das Imagens Familiares, Deslocações da Intimidade, e co-autora, Story Case Print. Co-fundadora e membro da direcção do balleteatro. Co-directora do festival de cinema Family Film Project.
João Martinho Moura, é um artista-investigador. Os seus interesses estão focados na arte digital, interfaces inteligentes, música digital e estética computacional. Tem um interesse especial na visualização em tempo real e na criação de artefactos digitais impulsionados pelo corpo. Na última década vem adoptando novas maneiras de representar o corpo nas media arts, desenvolvendo artefactos interactivos, principalmente representados por abstracções visuais monocromáticas e linhas minimalistas.
Os bilhetes têm o preço único de cinco euros e estão à venda no Teatro Sá da Bandeira, na Bol – Bilheteira Online (www.bol.pt) e nas Lojas Worten, Fnac e CTT.