A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) vai comprar o terminal rodoviário de Santarém por 3,5 milhões de euros, com recurso a um empréstimo bancário, segundo um documento enviado às autarquias a que a Lusa teve acesso.

A CIMLT pretende adquirir o terminal rodoviário localizado na Avenida do Brasil para ali instalar um novo terminal rodoviário composto por quatro lojas, um ‘lobby’, uma bilheteira, instalações sanitárias, escritórios, sala de convívio, área de expedição e áreas técnicas.

O valor da aquisição do prédio corresponde a 3,5 milhões de euros, sendo que para financiar esta operação, e face “à falta de disponibilidade financeira para suportar integralmente os encargos com o mesmo”, a CIMLT irá contrair um empréstimo de três milhões de euros.

As responsabilidades bancárias de cada município serão determinadas com base na sua percentagem de integração na Comunidade Intermunicipal.

Assim, o empréstimo vai ser suportado pelos municípios que integram a CIMLT, ficando os encargos distribuídos da seguinte forma: Almeirim irá contrair um empréstimo de 285.377 euros; Alpiarça 190.446 euros; Azambuja 235.675 mil euros; Benavente 238.779 mil euros; Chamusca 299.785 mil euros; Coruche 444.138 mil euros; Golegã 175.676 mil euros; Rio Maior 291.350 mil euros; Salvaterra de Magos 284.465 mil euros e Santarém 555.298 mil euros.

O município do Cartaxo não entra na equação uma vez que está sobre intervenção financeira e está impedido de assumir novas responsabilidades económicas.

Os encargos a contrair com este empréstimo têm de ser aprovados em todas as assembleias municipais dos municípios que integram a CIMLT, sendo este posteriormente remetido para a assembleia intermunicipal para deliberação.

Esta aquisição faz parte do processo que visa a criação de uma nova empresa de transportes a operar em toda a região da Lezíria do Tejo, suportada e tutelada pelos municípios que integram a CIMLT.

Esta nova empresa entrará em funcionamento em 2025 e representa um investimento de nove milhões de euros, que engloba os custos dos autocarros, motoristas, equipamentos de fiscalização, equipamento administrativo e custos de arranque.

No que se refere ao financiamento da operação, a nova empresa de transportes vai beneficiar de fundos próprios suportados pelos 11 municípios da CIMLT, no montante de 3,8 milhões de euros.

Um estudo técnico realizado pela CIMLT identifica várias vantagens na criação desta empresa, entre elas “a melhoria da qualidade do serviço de transporte público de passageiros prestado atualmente à população da CIMLT, que se tem deteriorado de forma expressiva nos últimos anos”, a promoção “da coesão territorial e o reforço da solidariedade inter-regional, designadamente através da melhoria da qualidade dos serviços prestados às populações e da racionalização dos recursos disponíveis”.

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