O Coro do Círculo Cultural Scalabitano, o Choral Phydellius e uma orquestra composta por 14 músicos apresentaram no passado dia 11, na Sé Catedral de Santarérm a estreia do “Requiem a Bernardo Santareno”.

Escrita por António Matias, esta é uma obra com oito andamentos (“Requiem Aeternam”, “Kyrie”, “Benedictus”, “Pie Jesu”, “Ave Maria”, “Sanctus”, “Encontro” e “In Paradisum”), para Coro Misto, Orquestra de Cordas, Piano e Percussão, e apresenta um forte carácter elegíaco marcado pela fervorosa sonoridade das cordas, num ambiente intensamente dramático.

A música centra-se na criação literária de Bernardo Santareno, assim como na travessia existencial das suas próprias vivências. Junta revolta, ironia, ditadura, amor, drama, medo, doçura e nostalgia, numa atmosfera sonora de cor outonal, de luz serena e sombras subtilmente matizadas ou, em contraposição, ventos tempestuosos e culpados de um Inverno castigador. A sua estreia, além de ser um marco importante na história do Coro do Círculo Cultural Scalabitano, sê-lo-á, seguramente, na história da cultura scalabitana.

Este Requiem para Bernardo Santareno, de elevada inspiração, é uma obra do Maestro António Matias, para Coro, Orquestra de Câmara, piano e percussão, com o Coro do Círculo Cultural Scalabitano e Coro de Câmara do Choral Phydellius, em excelente plano.

Um evento que mereceu um prolongado aplauso para este “milagre da música”, no momento difícil que atravessamos.

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