Fundada em Março de 1946 por Antonio Gavino, celebra portanto este mês o seu 52.º aniversário a Orquestra Típica Scalbitana. Meio Século de trabalho que tanto tem dignificado a música ribatejana e, superiormente representado a cidade de Santarém de que é, com elevado mérito, um verdadeiro “ex-libris”.
Reveste-se este ano de particular interesse a festa de aniversário da Orquestra Típica, uma vez que praticamente desde a sua origem, nunca um tão elevado número de novos músicos do naipe de “bandolins” fizeram em simultâneo a sua estreia perante o publico de Santarém, como o que vai acontecer no próximo dia 19.
Assim, apresentam-se pela primeira vez integrados na Orquestra os “bandolins”: A Ana Raquel Silva de 12 anos, aluna do 7º ano na Escola Mem Ramires; a Helena Sofia Valente de 13 anos, aluna do 8º ano da Escola Ginestal Machado; os gémeos Pedro e Sérgio Almeida Faria, estudantes do ensino secundário em Almeirim e o Vasco Serrenho, o m ais “velhinho”, com 18 anos e a estudar na Escola Superior de Gestão.
Mas não se ficam por aqui as estreias este ano na Orquestra Scalabitana, a Rute Carvalho, estudante do 9º ano na Escola Ginestal Machado, é a nova cara bonita a integrar o coro. Também a Paula Narciso, com superior formação musical e professora de música na Escola do Cartaxo, integra pela primeira vez a nossa Orquestra com o seu “acordéon”.
A notícia não ficaria completa se não acrescentássemos ainda que todos os novos “bandolins” são formados no seio da própria Orquestra, com o esforço (e muita paciência) dos mais antigos, nomeadamente o Sr. Augusto e o Sr. Pires- São estes homens que há cerca de um ano, com uma vontade férrea, deitaram mãos à obra que levou a este grande rejuvenescimento do “naipe de bandolins”.
Para grandes Orquestras grandes maestros, depois de António Gavino, dirige agora a Típica de Santarém o maestro Jorge Costa Pinto, um nome que no panorama musical português dispensa qualquer apresentação.
Finalmente, não queremos deixar passar a oportunidade de endereçar uma saudação muito especial ao Sr. Armando Paulo, esse Homem que pelo seu entusiasmo, pela sua grande força de vontade e entrega total, pela elevada competência que revela em todos os seus actos, dirige superiormente a Orquestra Típica Scalabitana.
Conjuntamente com o Sr. Augusto e o Sr. Pires que, como dissemos ensinam a tocar “bandolim”, é ao Armando Paulo que se fica a dever esta injecção de gente nova na Orquestra; são pessoas como ele que jamais permitirão que algum dia cheguem ao fim iniciativas como as de Antonio Gavino há 52 anos – a ORQUESTRA TÍPICA SCALABITANA. – A.V.
In: Correio do Ribatejo de 13 de Março de 1998
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