O Jornal Correio do Ribatejo assinalou ontem, sábado, dia 15 os 132 anos da sua fundação, reconhecendo personalidades e instituições que têm trabalhado em prol do desenvolvimento da região. A cerimónia de entrega destas distinções decorreu no Teatro Sá da Bandeira, onde ficou bem vincado o papel que este projecto editorial tem tido, sendo um exemplo de longevidade e resiliência no panorama da imprensa escrita nacional.  

Teresa Rosário Lopes Moreira – a título póstumo -, Diniz Ferreira, Martinho da Silva, Domingos Cabral, Luís Arrais, Escola Superior de Saúde de Santarém, União Desportiva de Santarém e Vitória Clube de Santarém foram as personalidades e instituições homenageadas nesta cerimónia.

O evento foi uma oportunidade para celebrar a história do jornal “de todos e para todos os Ribatejanos” e reconhecer aqueles que contribuíram para o seu sucesso ao longo dos anos, fazendo desta publicação um pilar dos media locais e um exemplo de jornalismo de proximidade.

Fundado a 9 de Abril de 1891 pelo ribeirense João Arruda, o jornal sobreviveu à ditadura e à censura, atravessou as duas grandes guerras, tendo-se mantido sempre firme e fiel à sua missão de informar os ribatejanos.

Com a preservação digital da sua memória escrita em papel, o Correio do Ribatejo tem-se tornado, cada vez mais, uma fonte de informação privilegiada para o estudo e a compreensão da história do final do século XIX até a actualidade da cidade e do distrito de Santarém e também do país, ao mesmo tempo em que se projecta para o futuro.

A Historiadora da Cidade

A Historiadora Teresa Rosário Lopes Moreira, nascida em Santarém em 23 de Setembro de 1964, deixou um legado inquestionável para a cidade e para a história da região.

Ex-administradora e colaboradora de longa data do Jornal Correio do Ribatejo, é autora do livro “Memórias da Cidade”, que retrata a dinâmica cultural de Santarém entre 1930 e 1959.

As comemorações da Revolução de Abril de 1974 em Santarém deste ano são-lhe dedicadas, em homenagem ao seu trabalho e legado. A memória da historiadora, falecida a 25 de Abril de 2022, vai ser evocada esta sexta-feira, dia 14 de Abril, pelas 18:00, na sede do Correio do Ribatejo. A sessão conta com as intervenções de Ludgero Mendes, Adélia Esteves, Vítor Barreto e Ana Vieira Dias, entre outros testemunhos.

Para além do vastíssimo currículo académico como Historiadora e Investigadora e de uma profícua carreira docente, tendo sido professora de história desde 1987 em diversas escolas do distrito, Teresa Lopes Moreira destacou-se como Chefe de Divisão do Património Cultural, Arquivos e Bibliotecas na Câmara Municipal de Santarém, como Directora da Biblioteca Municipal de Santarém e vice-directora do Museu Municipal de Santarém.

Colaboradora da Universidade da Terceira Idade de Santarém, sócia e gerente da empresa detentora do Correio Ribatejo, desde 2013, Jornal que assim perdeu a administradora e, paralelamente, uma das suas mais ilustres colaboradoras.

Maria Teresa do Rosário Lopes da Cruz Moreira, nasceu em Santarém a 23 de Setembro de 1964, na freguesia de Marvila. Casada com João Carlos da Cruz Moreira, era filha de Alberto de Jesus Lopes e de Maria de Lourdes do Rosário Pedro Lopes.

Teresa Lopes Moreira fez o ensino geral na Escola do Salvador e Escola Secundária Sá da Bandeira. tendo-se Licenciada em História, pela Universidade Autónoma de Lisboa. Mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Doutoranda em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Doutora em História Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Integrava o Instituto de História Contemporânea da Faculdade Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, desde 2012.

Respeitada por todos, sempre atenciosa e com uma palavra amiga, destacou-se pela sua coerência de princípios, modéstia e coragem. Viria a falecer a 25 de Abril de 2022.

O Fotógrafo que deu Luz à imagem

Fernando Diniz Ferreira nasceu em 1923 no Porto. Iniciou a aprendizagem de fotografia em 1940. Por esta altura, colabora em desenho e pintura de cenários. Em 1945 torna-se amador de cinema: filma, revela e faz montagens, desenha legendas e motivos decorativos. Em 1947 faz uma incursão como criativo de publicidade, formando, com mais três técnicos, a empresa EPAS.

Estabelece-se em Santarém em 1950 com a Novarte, estúdio e laboratório para amadores e profissionais e funda o grupo de amadores de fotografia, GAF, que participa em concursos nacionais e estrangeiros.

Foi pioneiro no uso de 6×6 mm e mais tarde de 24×36 mm em reportagem e estúdio. Foi ainda autor de vários logotipos, entre os quais, do Cineclub e Festival de Cinema Agrícola, de capas de programas e desdobráveis turísticos em Santarém.

Projecta e dirige a montagem do Pavilhão de Turismo de Santarém na FIL e colabora nas representações da Câmara Municipal de Santarém, no Estoril e Braga.

Realiza um painel fotográfico (7×2 m) para fundo de palco num Festival de Gastronomia. Em 1954 é convidado para a cobertura fotográfica da 1a Feira do Ribatejo, sendo desde então e até à data de 1972, autor da maioria dos cartazes da Feira do Ribatejo e Feira Internacional de Agricultura. Com o cartaz da sua autoria “O Cavalo em Pé”, o SNI concorre a um Concurso Internacional de Cartazes Publicitários, merecendo o 3° lugar. Em 1977 volta a ser convidado para a cobertura fotográfica da Feira do Ribatejo/Feira Internacional de Agricultura, tendo colaborado até 1984.

É autor dos cartazes do Festival da Flor, do 1° Festival de Cinema Agrícola, de capas de discos, fotos originais e temáticas para pavilhões e stands vários destes certames, colaborando na sua montagem e decoração e, ainda, autor individual de diversas exposições em Santarém, ao longo do seu percurso profissional.

Fernando Diniz Ferreira é, indubitavelmente, um artista multifacetado, sensível e de bom gosto, Homem das Artes Visuais, do desenho cenográfico ao cinema e à fotografia, a sua arte maior.

Muito para além de um profissional de rotinas foi sempre um irrequieto inovador e criativo, exigente com a sua arte. Tornou-se, naturalmente, filho adoptivo de Santarém, espalhou afectos pela sua simpatia e arte, retratou gerações que, ao longo da vida, viram nele uma referência e um amigo que fixava, de forma inigualável, imagens memoráveis que perduram.

Uma vida a decifrar enigmas

Policiarista é o nome que se atribui às pessoas que se dedicam à actividade lúdica da decifração e produção de problemas policiais. É, no fundo, um praticante do passatempo cultural que identifica a produção e decifração de enigmas policiais – que comummente se designa problemística policiária.

Nesta ‘modalidade’, Domingos Cabral tem já estatuto de lenda: “Inspector Aranha” ou “Zé dos Anzóis” foram os pseudónimos mais utilizados pelo solicitador de Santarém que conquistou por duas vezes o título de Campeonato Nacional e por uma vez o de vice-campeão.

Venceu, ainda, uma edição da Taça de Portugal, foi finalista vencido noutra e ainda semifinalista. Alcançou, por uma vez, o troféu de ‘Policiarista do Ano’.

Somou vitórias na classificação anual “As Melhores Soluções” e em torneios como na homenagem a “Marvel” ou no Torneio “Sete de Espadas”. Com uma carreira de mais de cinquenta anos no policiário, Zé dos Anzóis já perdeu a conta aos casos resolvidos.

Domingos Cabral começou a ganhar gosto pela decifração de mistérios em Maio de 1957 na secção da revista Flama. “No primeiro problema a que respondi, em 1957, o investigador do caso, depois de o decifrar, dirigiu-se a um café onde existia uma tertúlia por ele frequentada denominada “Clube do Aranhiço”. E, porque na altura era usual a utilização de pseudónimo, o primeiro que me ocorreu, por associação de ideias, foi o “Inspector Aranha”.

Anos mais tarde decidi “matar” este personagem, por aquele “Inspector” me parecer demasiado pomposo, e então decidi-me por um outro de sinal contrário, o “Zé dos Anzóis”. Todavia, porque o primeiro era bastante conhecido no meio, e por ele continuarem a tratar-me e me solicitarem que a ele voltasse, acedi”, confidencia.

O bicho mordeu-lhe de tal forma que passou a dirigir as secções de policiário, hoje quase desaparecidas das páginas da nossa imprensa, em revistas de passatempos, em jornais locais e regionais e até em rádios. Colaborou, entre outros, com o já extinto Jornal do Ribatejo, e com o Correio do Ribatejo, onde escreveu centenas de páginas.

É ainda autor de dois livros, ‘Antologia de Contos Policiais’ e ‘Dúzia de Ouro’, dois volumes da série “Contos e Contistas”.

Um Homem de Causas

Joaquim Martinho da Silva nasceu no Espinheiro, concelho de Alcanena, em 8 de Abril de 1931. Estudou no Liceu Nacional Sá da Bandeira, em Santarém, e licenciou-se em Direito em Lisboa. Começou a exercer advocacia em 1959 e fez toda a sua carreira profissional em Santarém, onde se tornou uma referência cívica. Reformou-se em 1996 mas continuou em actividade até 2004.

Homem de causas, empenhou-se na luta pela democracia e pela liberdade durante a ditadura do Estado Novo, tendo apoiado a candidatura de Humberto Delgado à presidência da República em 1958 contra o candidato do regime. Foi membro do conselho geral da Ordem dos Advogados e fundador do Partido Socialista em Santarém. Tem sido também um membro activo do movimento associativo e cultural Scalabitano.

Recebeu o grau de Comendador da Ordem do Mérito de Descobridor do Brasil, no dia 22 de Abril de 2004, foi galardoado com a medalha de ouro comemorativa dos seus cinquenta anos como advogado, numa cerimónia realizada em Portalegre, a 19 de Maio de 2009.

Pelo seu percurso cultural, pautado pela defesa das nossas raízes históricas, Joaquim Martinho da Silva recebeu o Público Louvor e a Medalha de Ouro do Instituto Politécnico de Santarém, no dia 19 de Novembro de 2014.

Recebeu, ainda, a Medalha de Ouro da Cidade de Santarém no dia 19 de Março de 2015, pelo “de modo a reconhecer o prestígio pelo que fez em defesa da justiça e da advocacia em Santarém, assim como o contributo que prestou à valorização da nossa vida democrática, quer pelo desempenho de cargos de responsabilidade, quer pela intervenção continuada, que mantém no espaço público de Santarém”.

Mais recentemente, em 20 de Maio de 2017, o  ilustre advogado de Santarém, Joaquim Martinho da Silva, deu nome a uma rua da cidade, numa homenagem prestada pela União de Freguesias da Cidade de Santarém e Município numa cerimónia emotiva a que se juntaram, para além dos homenageado e família, largas dezenas de amigos e admiradores do percurso deste Homem que muito ama a sua Terra.

Um atleta sempre pronto a dar o salto

Luís Arrais, natural de Torres Novas e residente em Santarém há várias décadas tem dedicado a sua vida ao desporto, ao seu ensino e divulgação. Actualmente, é presidente da Federação de Ginástica de Portugal (FGP), entidade máxima da modalidade, com assento na mesa Olímpica e com uma infinidade de responsabilidade para acções e decisões do quotidiano da prática gímnica nacional.

Ligado há cerca de 45 anos à modalidade, o professor de Educação Física, que já foi atleta, juiz, dirigente, seleccionador Distrital e Nacional, e fundador de um clube gímnico, está a dar um novo rumo à ginástica, para que esta ganhe uma maior dimensão a nível nacional e internacional.

Luís Arrais assume que o seu projecto à frente da FGP passa por trazer à ginástica em Portugal um futuro promissor e a visibilidade que ela merece. Para isso, reconhece, tem de haver uma liderança forte, “que consiga construir pontes e que conheça a fundo os desafios e as dificuldades que a ginástica tem, a todos os níveis”.

Questionado acercada sua visão e projecto para a ginástica em Portugal, Luís Arrais é peremptório: “A ginástica é uma das mais belas modalidades desportivas mas é também, a que tem mais dificuldade em ter visibilidade mediática. E esta condicionante aumenta a dificuldade em conseguir a sustentabilidade necessária para que os clubes e os ginastas consigam atingir objectivos maiores e que em termos de qualidade gímnica estão ao seu alcance. A minha visão, é um projecto agregador e ambicioso, que torne a ginástica mais forte, que se desenvolva em estreita ligação com todos os agentes gímnicos (ginastas, treinadores, juízes e dirigentes) numa política de proximidade, para que unidos, possamos chegar mais longe a nível nacional e internacional”.

Luís Arrais, 64 anos, nasceu em Torres Novas no dia 12 de Março de 1959 e mudou-se com a família para Santarém quando tinha apenas seis anos. Pai de uma rapariga e de dois rapazes, a quem transmitiu a paixão pelo SL Benfica, é licenciado em Educação Física, professor dessa disciplina e treinador de ginástica e trampolins.

Desde sempre muito ligado ao desporto, praticou ginástica (começou na Casa do Benfica de Santarém) e outras modalidades. Foi treinador da selecção nacional de trampolins e fundador do Gimno Clube de Santarém. Ocupou durante vários anos a vice-presidência da Federação Portuguesa de Ginástica até ser eleito presidente, em Dezembro de 2020.

Na vida cívica, Luís Arrais foi presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau, em Santarém, entre 2002 e 2010, e também administrador das empresas municipais Scalabisport e Viver Santarém. Actualmente é eleito da Assembleia Municipal de Santarém.

Uma Escola que nos trata da Saúde

Criada em 1973 como Escola de Enfermagem, a Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) dá hoje resposta “a exigências permanentes”, adaptando-se a “novas situações e cenários”, contando actualmente com mais de meio milhar de estudantes de 1º e 2.º ciclo e taxas de empregabilidade na ordem dos 90%.

“Vejo a ESSS como uma Escola comprometida com o desenvolvimento da região onde se insere e também com o País”. Quem o diz é Hélia Dias directora de uma escola que é uma referência em termos do ensino em Saúde no País.

“À ESSS reconhece-se trabalho, mérito e qualidade e assumimos uma estratégia formativa baseada na cooperação e investigação”, afirma a responsável, frisando que a diversificação de oferta formativa em enfermagem e a internacionalização são dois dos vectores em que a Escola está a apostar.

A ESSS, que este ano assinala o seu meio século de serviço à comunidade, ministra a licenciatura em Enfermagem, pós-graduação e mestrado em Enfermagem Comunitária e Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia, mestrado em Gestão de Unidades de Saúde, para além de um Master Erasmus Mundus em Enfermagem de Emergência e Cuidados Críticos e, mais recentemente, um curso de Pós-graduação em Hospitalização Domiciliária, uma formação pioneira no país.

A Escola Superior de Enfermagem de Santarém sucedeu à Escola de Enfermagem de Santarém, tendo esta sido criada em 1973, dando corpo à política de saúde de então: Criar Escolas de Enfermagem em todas as capitais de distrito visando dotar os serviços de saúde, em especial as zonas mais periféricas, de pessoal de enfermagem.

A sua criação culminou num processo iniciado no princípio da década de 70 por iniciativa de individualidades locais e regionais que levaram até aos órgãos do poder os seus anseios de ver a cidade e a região dotadas com um estabelecimento de ensino de enfermagem, à semelhança do que vinha acontecendo com outros distritos.

Como Escola de Enfermagem de Santarém começou por ministrar, em Novembro de 1973 o Curso de Auxiliares de Enfermagem, mas já em Outubro de 1974 reformulou os seus objectivos tendo passado a leccionar o Curso de Enfermagem Geral que funcionou até 1992.

Em 1994/95 foi elaborado o Plano de Estudos do Curso de Estudos Superiores Especializados em Enfermagem na Comunidade e em 1995/96 o do CESE em Enfermagem no Adulto e Idoso, iniciando em Abril de 1996 e Abril de 1997, respectivamente e que conferiam o grau de licenciado.

Em Outubro de 1999 inicia o Curso de Licenciatura em Enfermagem. Desde a data da sua criação, a Escola formou mais de um milhar de enfermeiros, a maioria dos quais prestam cuidados de enfermagem na Sub-Região de Saúde de Santarém.

O Clube da Cidade

A União Desportiva de Santarém (UDS), fundado em 1969, é, e será, indubitavelmente, o ‘Clube da Cidade’,

No seu palmarés, a UDS conta com os Campeonatos da III Divisão nacional em 1974/75 e 1984/85 e o clube foi notícia quando, num jogo de preparação, derrotou o Padroense por uns esclarecedores 15×0.

O União Desportiva de Santarém nasceu da fusão dos Leões de Santarém e do Operário em 1969. Militou na 2ª Divisão, com grandes equipas, e o Estádio Chã das Padeiras era pequeno para acomodar as autênticas enchentes de adeptos que aí se deslocavam para apoiar o União.

Foi no ano de1969 que foi constituída a Comissão de Estudos da Fusão, com elementos do Sport Grupo Scalabitano ‘Os Leões’, do Sport Grupo União Operária e do Grupo de Futebol dos Empregados do Comércio, sob a presidência do Presidente da Direcção dos ‘Leões’, Rogério Cordeiro Soares.

A adesão ao projecto do ‘Movimento Desportivo da Cidade de Santarém de 1969’, vulgarmente conhecido por ‘Fusão’, é aprovada pelas Assembleias Gerais do Sport Grupo Scalabitano ‘Os Leões’, e do Sport Grupo União Operária. Nos ‘Leões’, no Salão do Círculo Cultural, com uma maioria esmagadora de 96 % dos votos. No ‘Operário’, na sua Sede da Rua Capelo e Ivens, por unanimidade e aclamação de pé. Ambas são das Assembleias mais concorridas da história dos dois clubes. Assim nasce o Clube que tem uma mística muito peculiar.

Actualmente, a UDS ambiciona regressar aos tempos de glória de outrora, e Pedro Patrício será, ao que tudo indica, o novo ‘Homem do Leme’, já que as eleições se realizam no dia 10 e é o único candidato ao cargo de presidente.

A “UDS tem que continuar o trajecto que está a fazer no futebol, até chegar pelo menos à Liga 2 e para isso a SAD conta já com uma boa equipa na estrutura do futebol, que juntamente com toda a equipa de direcção do clube vamos trabalhar muito na articulação com as entidades municipais, com os sócios, simpatizantes e seguidores, sponsors e pais dos atletas. O crescimento do número de sócios é fundamental para a viabilidade do projecto,” disse.

Para Pedro Patrício, gestor hospitalar no grupo Luz Saúde, fundador da marca de vinhos Já Te Disse e atleta da equipa dos Ex-UDS, “é possível reunir uma excelente equipa com pessoas que vão acrescentar valor e dedicação a Santarém e ao UDS”.

“A UDS tem que trabalhar com os restantes clubes da cidade e do distrito para tornar o Ribatejo mais competitivo em termos de formação de atletas. Juntos temos que colocar Santarém no mapa nacional desportivo”, afirma, relembrando o actual lema no emblema do clube: “na união é que está a virtude – Ex Uno Virtus.”

De Vitória em Vitória

O Vitória Clube de Santarém, fundado a 11 de Agosto de 2005, completa na presente temporada desportiva 18 anos de actividade oficial.

Ao longo de quase duas décadas, esta ainda jovem associação pode orgulhar-se de ter inscrito já o seu nome em diversas alíneas da história desportiva de Santarém, nomeadamente no que toca à implementação e à expansão daquela que é actualmente a modalidade de pavilhão mais praticada no panorama desportivo nacional: o FUTSAL.

As origens oficiosas do clube remontam, porém, ao ano de 1995, no pequeno bairro escalabitano do Alto do Bexiga, quando um grupo de crianças da chamada “rua de cima” decidiu, pela mão do actual director Sérgio Fernandes, proceder ao registo estatístico dos clássicos despiques que promovia com os rivais da rua abaixo, desenvolvendo um sentimento de pertença e mística por um clube virtual, que, na altura, elas próprias baptizaram, passando a participar em torneios escolares e regionais com o nome Vitória Clube de Santarém (VCS).

Dez anos mais tarde, já com o apoio do actual presidente e sócio n.º 1, António Pardelhas, e de um grupo de jovens entusiastas, entre os quais o primeiro presidente, Paulo Domingos, e o primeiro treinador, Miguel “Génio”, o sonho viria a concretizar-se, reunindo-se condições para a fundação oficial do clube. A partir daí, sustentada e progressivamente, foi-se erguendo a obra vitoriana.

Após introduzir em Santarém, em 2007, a vertente feminina e, em 2009, as primeiras escolinhas da modalidade na cidade, o Vitória rapidamente foi alargando a sua oferta, até ficarem abrangidas todas as faixas etárias, o que, já desde 2012, lhe vale o estatuto destacado de emblema do distrito com mais atletas de futsal.

Actualmente, em 2022/23, entre petizes (A e B), traquinas (A e B), benjamins (A e B), infantis (A e B), iniciados (A e B), juvenis masculinos (A e B), iniciados femininos, juniores femininos, juniores masculinos, seniores femininos, seniores masculinos e veteranos, o clube movimenta cerca de 240 praticantes, distribuídos por 18 equipas, o que lhe vale o incrível estatuto de 2.º maior clube do País em número de atletas de futsal federados.

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