Treze anos depois da sua última edição, teve lugar no passado sábado em Alcochete a Corrida “Farpas”, numa organização da empresa Toiros & Tauromaquia, Lda. registando boa afluência de público que assistiu a uma muito interessante corrida de toiros com os cavaleiros e forcados a empenharem-se ao máximo para sacar o desejado triunfo, que em boa verdade todos alcançaram, a que não terá sido alheia a boa colaboração dos toiros de António Charrua, que saíram entrapíados e a investir com transmissão.

Em praça estiveram três valorosos cavaleiros, Luís Rouxinol e Pablo Hermoso de Mendoza, mais veteranos, mas plenos de faculdades técnicas e artísticas, e o jovem António Prates, que se empolgou com este desafio e rubricou duas excelentes lides.

Luís Rouxinol esteve em plano superior, bregando de forma adequada a mandar nos seus oponentes e a colocar a ferragem em sortes plenas de verdade e de emoção, entusiasmando o público que ainda mais se rendeu com os ferros de adorno, onde, porém, nunca houve cedências ao facilitismo.

Tudo muito a sério, alegre, elegante e com muita classe.

Pablo Hermoso de Mendoza, que anda a fazer as despedidas para se dedicar mais intensamente à carreira do filho Guillermo, apresentou-se a um nível igualmente elevado, tirando o máximo partido das suas fantásticas montadas para brilhar com eloquência e valor frente ao seu primeiro toiro, sem dúvida muito colaborante.

Mas, as dificuldades impostas pelo quinto da noite cedo se dissiparam, porque Pablo dispõe de ferramentas para todas as situações, brilhando sempre com inegável mérito.

A incerteza quanto à capacidade de António Prates para sair incólume dum aperto destes foi anulada logo nos instantes iniciais da sua primeira lide, pois o jovem marialva deu nota de que não estava ali apenas para fazer número, mas para dizer aos seus alternantes nesta noite mágica que tinham de se haver com ele.

E tiveram, de facto, tão qualificado foi o labor de António Prates, desenhando lides de muito risco, pisando terrenos de verdade, deleitando os presentes com o esmero e o bom gosto dos seus adornos. António Prates venceu este desafio tremendo e, talvez, tenha recuperado o caminho que lhe foi tantas vezes prenunciado enquanto “praticante”.

Os “Charruas” não complicaram a vida aos Forcados, que solveram este compromisso com galhardia e muita determinação. Pelos Amadores de Évora, em dia do seu 60.º aniversário, foram solistas o Cabo José Maria Caeiro, João Cristóvão e Gonçalo Pires, que consumaram valorosamente

as suas sortes ao primeiro intento; e pelos Amadores de Alcochete, Afonso Matos, à primeira tentativa, e João Maria Pinto e Pedro Dias, ambos ao segundo intento, dignificaram igualmente as jaquetas de ramagens alcochetenses. Ricardo Dias, assessorado pelo médico veterinário Dr. Jorge Moreira da Silva, dirigiu esta agradável corrida com competência e rigor.

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