‘No Salgueiral’ é o primeiro romance do Professor Jorge Justino que será apresentado em Santarém, no Convento de S. Francisco, dia 1 de Outubro, pelas 16h00. A obra, com a chancela da ORO/editora Caleidoscópio, será apresentado pela historiadora Maria Emília Vaz Pacheco.
Jorge Justino é Professor Coordenador Principal Jubilado da Escola Superior Agrária de Santarém, Engenheiro, Mestre e Doutor em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico – Universidade Técnica de Lisboa. Jubilou-se Presidente do Instituto Politécnico de Santarém (no final do seu 5.º mandato) e como membro do CCISP.
Foi membro de quatro redes científicas europeias. Tem sido distinguido com várias homenagens, entre as quais a do Correio do Ribatejo na sua Gala anual. Presentemente integra o Conselho Científico da Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém, como investigador convidado e o Conselho Estratégico da Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
De que trata o seu livro “Salgueiral”?
“No Salgueiral” é um romance que descreve a vida de três gémeos (dois do género masculino e um do género feminino) que nasceram numa típica quinta ribatejana. São apresentadas vivências de natureza profissional, amorosa e turística com a descrição de vários locais do mundo, de grande interesse de turismo cultural.
No mesmo dia em que nasceram os gémeos, assistiu-se ao parto de um touro bravo, chamado Negrito, que mais tarde foi o líder da manada.
São focadas várias áreas da ciência, nomeadamente: Cérebro, Direitos Humanos, Liderança, Sustentabilidade do Nosso Planeta, Qualidade Alimentar e Criação do Universo.
Depois de uma intensa actividade, nomeadamente como presidente do IP Santarém dedica-se agora à escrita. Era uma intenção antiga? Porquê um romance?
Fui Presidente do Instituto Politécnico de Santarém durante cinco mandatos e Director da Escola Superior Agrária de Santarém durante um mandato. Ou seja, estive um total de cerca de vinte anos na Direcção/Administração, mais o tempo da docência. Como todos sabem tenho publicado alguns artigos científicos, capítulos de livros e patentes, tendo sido a maioria destas publicações em inglês.
Por isso, achei importante este novo desafio de escrever numa área totalmente diferente e na língua portuguesa, a minha língua mãe. Neste contexto a opção foi o romance “No Salgueiral”.
Quem são os gémeos da história?
Relativamente aos gémeos, um é cientista, outro militar (major) especialista em tácticas de guerra e a gémea é médica psicóloga a trabalhar em organizações humanitárias, como a AMI, em cenários de guerra e uma grande defensora dos direitos humanos. Os três tinham uma particularidade comum: uma grande paixão pela quinta do “Salgueiral”.
A obra tem como palco uma típica quinta ribatejana e as suas actividades do quotidiano, nomeadamente a criação de touros. É um tema que o fascina?
Sempre gostei do ambiente rural com a criação de touros, cavalos e outras espécies animais. Também é importante o desenvolvimento agrícola, com sustentabilidade, na área alimentar. Como exemplo da nossa região, para mim, dou uma grande relevância à produção dos nossos vinhos de qualidade, valorizados em todo mundo.
O trabalhar a terra é importante e penso que, cada vez mais, no nosso país devemos apostar na produção agrícola.
É conhecido o seu envolvimento com o meio rural, nomeadamente nas áreas de investigação ligadas à valorização de recursos naturais e qualidade de vida. De que forma o livro aborda estas temáticas?
Em termos de investigação tenho trabalhado na área das plantas medicinais, Alzheimer e da diabetes. Neste contexto o livro aborda estas temáticas numa perspectiva de valorização de recursos naturais e de qualidade de vida. Inclusive já publicámos artigos e patentes relacionadas com estas temáticas.
Outras das áreas em foco em “O Salgueiral” são a sustentabilidade do planetae a criação do universo. Como os aborda neste livro?
Relativamente à sustentabilidade do planeta, estamos a exigir cada vez mais da terra do que o que ela nos pode dar.
É prioritário diminuirmos drasticamente a poluição a todos os níveis: no solo, no meio aquático e no ar. Nesta perspectiva temos, para já, de diminuir a grande taxa de utilização dos combustíveis fósseis.
Esta situação agrava-se com o corte indiscriminado das árvores, os incêndios e a poluição por parte dos lixos domésticos e industriais. Portanto a sustentabilidade do planeta depende de nós. Presentemente seremos responsáveis pelo nosso legado relativamente às gerações vindouras. Para falarmos do Universo, não nos podemos esquecer que fazendo a Terra parte do Universo, posteriormente ao “Big Bang”, o Universo também faz parte de nós. Apesar de ser “infinito”, tudo o que nele existe, pode vir a influenciar ou a interferir com a nossa vida na terra. O passado prova este facto.
A quem dedica a obra e porquê?
Dedico esta obra aos meus netos, Gonçalo e Bernardo, porque são os amores da minha vida.